O soldado boliviano Mario Terán Salazar, que matou o famoso guerrilheiro Che Guevara, em 1967, morreu aos 80 anos, vítima de doença prolongada.
Mais tarde, numa entrevista viria a dizer que foi o “pior momento” da sua vida. “Naquele momento, vi o Che grande, muito grande, enorme. Seus olhos brilhavam intensamente", relatou Terán na época.
“Quando me olhou fixamente, tive um enjoo. Pensei que com um movimento rápido, o Che podia tirar-me a arma. 'acalma-te', disse-me, 'e fixa-me bem! Vais matar um homem!' Então, dei um passo para trás, até a soleira da porta, fechei os olhos e atirei", contou o militar boliviano, sobre os últimos momentos do líder da revolução de Cuba, que em 1959, levou ao poder, Fidel Castro.
O general Gary Prado, que liderou o grupo que capturou Che Guevara após meses de perseguição, disse que Mário Terán, ao matar o guerrilheiro, "simplesmente cumpriu o seu dever como sargento do Exército".