Para quem como eu é anticomunista visceral é fácil malhar nesta que considero ser a ideologia mais reles e nojenta que ao logo dos tempos surgiu por todo o mundo. Dela só resultaram mortes, pobreza, exclusão, exploração, sofrimento, desrespeito pelos direitos humanos e indiferença pela dignidade do ser humano. É uma ideologia nojenta, exercida por crápulas nojentos e criadora de nojentos dogmas e resultados.
Porém, se para mim é fácil lançar-me aos comunistas e todos quantos deles sejam descendentes mesmo que disfarçados com novas bandeiras e símbolos, este artigo é escrito com espanto, repulsa, despeito, vergonha alheia, e uma vez mais, nojo. Nojo pela forma como PCP e BE têm lidado com o drama que se vive na Ucrânia por acção do seu aparentemente tão querido, Vladimir Putin.
Caso tivessem vergonha na cara, os comunistas e bloquistas portugueses com “relevo” nunca mais saíam à rua ou sentar-se-iam nas cadeiras do parlamento nacional ou europeu, depois de não condenarem, clara e inequivocamente, a escalada militar desencadeada por Moscovo. Só um perfeito atrasado mental pode olhar para o que se está a passar na Ucrânia e vir dizer que tudo isto aconteceu por culpa de um suposto imperialismo da Nato ou qualquer outro disparate.
Só um perfeito anormal pode assistir a esta violação do direito internacional e soberania da Ucrânia, ver tropas russas matar indiscriminadamente homens, mulheres, idosos e crianças, e não condenar, votar contra ou abster-se, em qualquer votação que vise ajudar a Ucrânia.
Não pode aqui haver tibiezas. E processem-me se quiserem. Isto só está ao alcance de perfeitos atrasados mentais, independentemente das justificações que queiram dar.
Uma guerra deve unir-nos a todos. Todos os partidos e todos quantos por eles exerçam, seja onde for, um papel de representação pública e defesa da dignidade do ser humano. Perante uma guerra, todos devemos estar unidos, pondo de lado qualquer divergência que exista.
Perante esta guerra e as suas mortes gratuitas, ninguém tem o direito de votar contra ou abster-se quanto à ajuda para com quem está a ser agredido e morto. A postura que estes dois partidos têm tido é quanto a mim passível de ser considerada como uma atitude criminosa.
Logo eles que nos últimos anos se têm arvorado de defensores da moral e bons costumes. Logo eles que tanto têm ofendido gratuita e constantemente actores e partidos recentes da democracia portuguesa apelidando-os de extremistas, de fascistas, disto e daquilo.
Então e agora, vendo pessoas a morrer, não condenam claramente quem as mata e/ou votam contra ou abstêm-se quanto à ajuda devida.
E se os mortos fossem o vosso pai, mãe, avó, avô, irmão, irmã, marido, mulher, filho, filha, por aí adiante?
Termino como comecei: cambada de filhos de Putin