Senhoras e senhores, preparem os aperitivos, as bebidas frescas e os ânimos: o Mundial de MotoGP arranca já neste fim de semana, no Qatar, e traz consigo a frescura de uma nova temporada. Ainda mesmo antes de começar, já há um detalhe curioso: esta é a primeira época, após praticamente duas décadas, que não contará com o lendário piloto italiano Valentino Rossi, que se retirou da modalidade no fim da temporada anterior.
Agora, no entanto, a grelha de partida conta com caras familiares, mas também com novas caras, como as de Remy Gardner e Raúl Fernández na Tech3, Darryn Binder na RNF, Marco Bezzecchi na VR46 e Fabio Di Giannantonio na Gresini. De resto, os habituais protagonistas mantêm-se: Fabio Quartararo, os irmãos Espargaró, bem como os Márquez, Francesco Bagnaia e, claro, o português Miguel Oliveira, da KTM. Isto entre muitos outros nomes já conhecidos da modalidade.
Oliveira tem, na realidade, sido mais fogo de vista do que propriamente um campeão. Afinal de contas, é certo que o piloto de Almada venceu o Grande Prémio de Catalunha na época de 2021 do Mundial de MotoGP – e conquistou dois segundos lugares, em Itália e na Alemanha – mas estes foram os únicos feitos do português no ano inteiro, que ficou também marcado por várias quedas, acabando a temporada no 14.º lugar, com 94 pontos.
Circuito mundial A temporada de 2022 arranca no Qatar, no Circuito Internacional de Losail. O circuito, na cidade de Doha, é um “local especial para começar a temporada”, garantiu Oliveira em conferência de imprensa, mostrando-se “ansioso por voltar a correr”. Até porque, em 2021, o português conquistou o segundo melhor resultado de uma KTM neste circuito.
O piloto de 27 anos, que arranca agora na sua quarta temporada em MotoGP, mantém, ainda assim, os pés bem assentes na terra, recordando que “é o início da época” e está “o ano todo pela frente”. Ainda assim, Oliveira está confiante na mota da KTM para esta temporada, garantindo que “é bastante diferente” da do ano passado, “diferente o suficiente para enfrentarmos o fim de semana com outra base”.
Depois do Qatar, avizinha-se uma interessante lista de Grandes Prémios: Indonésia, Argentina, Estados Unidos e, depois, para inaugurar a fase europeia do mundial de MotoGP, a modalidade aterra, mais uma vez, no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. É aqui que o piloto português da KTM costuma ter, claro, o apoio mais intenso, e, também, é nesse circuito ‘caseiro’ que Oliveira conquistou uma das vitórias mais importantes da sua carreira na modalidade: a conquista do Grande Prémio em 2020. Se bem que, em 2021, Oliveira ficou fora do pódio nas duas passagens do Mundial de MotoGP pelo Algarve, este é sempre um momento especial no calendário do português, e não só. Desde o regresso do Mundial de MotoGP a Portugal, o AIA tem sido já palco de vários entusiasmantes momentos do Mundial desta modalidade – bem como da vizinha Fórmula 1. “Quero regressar [ao Algarve] com o maior número de pontos possível. A grelha está mais competitiva do que nunca, mas acredito que tenho a oportunidade de continuar a disputar lugares no pódio. A única coisa que posso assegurar é que o Miguel Oliveira de 2022 é melhor do que aquele que esteve em 2021”, garantiu o piloto, em antevisão da temporada que agora arranca.
Quem vencerá? A edição de 2021 do Mundial de MotoGP foi conquistada pelo francês Fabio Quartararo, mas será o piloto da Yamaha capaz de revalidar o título? Afinal de contas, é preciso recordar que foi o italiano Francesco Bagnaia que venceu as últimas duas etapas da época de 2021, perfilando-se como forte candidato à vitória em 2022.