Negócios mediados na Century 21 Portugal superaram os 2,7 mil milhões de euros

Negócios mediados na Century 21 Portugal superaram os 2,7 mil milhões de euros


Faturação registou um aumento de 57% em 2021, num ano em que foram realizadas pela Century21 Portugal 16312 transações de venda de imóveis.


Entre janeiro e dezembro do ano passado, o volume de negócios mediado diretamente pela rede Century 21 Portugal e em partilha com outros operadores disparou 41% para os 2,7 milhões de euros, “em linha com a trajetória ascendente dos principais indicadores operacionais, registados nos últimos dois anos”.

Os dados avançados pela imobiliária revelam que, apesar do abrandamento económico originado pela pandemia, a faturação da rede imobiliária subiu 57% face ao ano anterior e superou os 76 milhões de euros, em 2021.

No conjunto do ano passado foram realizadas 16312 transações de venda de imóveis na rede nacional Century 21 Portugal, o que traduz um aumento de 31% em relação às 12492 efetuadas em 2020. O valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal registou um aumento de 7% e fixou-se nos 168192 euros, a nível nacional.

Segundo os dados da Century21, as habitações mais procuradas pelos portugueses no ano passado continuaram a ser os apartamentos T2 e T3. Numa análise mais detalhada ao segmento de apartamentos vendidos, constata-se que na maioria das cidades da Área Metropolitana de Lisboa, Área Metropolitana do Porto, Algarve e nas principais capitais de distrito, o valor médio de venda dos apartamentos em 2021 já superou em cerca de 19% a média registada em 2019, ou seja, em contexto de pré-pandemia.

“A subida dos valores médios de transação justifica-se pelo elevado nível de procura e pela escassez de oferta de imóveis residenciais, nos segmentos médio e médio baixo”, diz Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, acrescentando que se verifica “um desafio crescente em termos de acessibilidade à habitação, que cada vez deixa mais jovens e famílias sem capacidade para aquisição de casa”.

Para o responsável, “os atrasos na evolução e na entrega dos projetos de obra nova para os segmentos médio e médio baixo está, claramente, a condicionar o tão desejado equilíbrio de mercado entre a oferta e a procura. Por outro lado, a retoma da mobilidade veio ativar a procura internacional e a disponibilidade da banca em conceder crédito à habitação veio impulsionar a procura nacional, o que permitiu a realização de um número de transações no ano passado que superou as registadas em 2019 e 2020”.

Por localizações, apenas Matosinhos e Loures ainda não recuperaram os valores médios anteriores à pandemia, “mas é expectável que se venha a verificar uma subida nos preços, este ano”.

Lisboa registou uma ligeira diminuição do valor médio de transação de apartamentos de 0,3%, “em parte devida a uma diminuição da área útil média dos apartamentos que se fixou nos 87m2, menos 4% que o registado em 2020”. E a imobiliária prevê que a tendência de aumento de valores dos imóveis em 2022 seja liderada pelos municípios da AML e AMP, que registam atualmente valores médios inferiores à restante região, acompanhados por cidades capitais de distrito como Aveiro, Braga e Leiria.

Já o número de operações de arrendamento registou uma subida de 51%, seguindo a tendência crescente do ano anterior. Feitas as contas, em 2021, foram realizadas 4034 operações de arrendamento, mais do dobro que as 2679 efetuadas em 2020.

A nível nacional, o valor médio de arrendamento de apartamentos fixou-se nos 723 euros, um aumento de cerca de 5,5% face à média de 685 euros registados em 2020, mas ainda abaixo dos 747 euros verificados em 2019, antes da pandemia.

O CEO da Century21 Portugal defende ainda que “o segmento de arrendamento é mais flexível e bastante responsivo às flutuações da oferta e da procura”, acrescentando que esta é “uma solução habitacional, sobretudo, para quem apresenta menor capacidade económica e opta pelo arrendamento como a alternativa possível, ou para famílias e jovens que procuram uma opção flexível e temporária de habitação”.

E alerta que, “com o expectável aumento das taxas de juro e diminuição dos prazos do crédito habitação, estima-se um forte aumento da procura por soluções de arrendamento no segundo semestre de 2022. É assim urgente e prioritário um combate à informalidade que caracteriza o atual mercado de arrendamento para que este segmento funcione eficazmente”.