ISIS. Biden anuncia morte de líder de grupo terrorista

ISIS. Biden anuncia morte de líder de grupo terrorista


Depois de um operação antiterrorista levada a cabo pelo exército americano, Biden anunciou a morte do líder do ISIS.


“Ontem à noite, sob a minha direção, as forças militares dos Estados Unidos realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo. Graças à bravura de nossas Forças Armadas, removemos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS”, foi assim que, na sua conta de Twitter, o Presidente Joe Biden anunciou a morte do líder jihadista no noroeste da Síria, que faleceu depois de fazer explodir uma bomba que resultou em 13 vítimas mortais, incluindo seis crianças e quatro mulheres.

Os soldados presentes nesta operação militar terão desembarcado de helicóptero perto de acampamentos para deslocados na localidade de Atmé, na província de Idlib, em grande parte controlada por jihadistas e rebeldes, indica o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que a operação provocou confrontos durante duas horas.

Residentes, citados pelo Al Jazeera, afirmam que helicópteros sobrevoaram esta localidade durante várias horas antes de realizar o ataque, realizando depois uma operação no terreno invadindo a casa onde estava o líder do ISIS.

“Quando a operação acabou, fomos até esta área e vimos uma mulher que, aparentemente, tinha detonado um colete com explosivos dentro do edifício, onde estavam vários cadáveres, inclusive de um civil e de uma criança”, disse Mahmoud Chehadi, um residente que morava perto do local do ataque.

Biden, citado pela Associated Press, afirma que Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, que assumiu a chefia do grupo a 31 de outubro de 2019, poucos dias depois da morte do ex-líder Abu Bakr al-Baghdadi, durante um ataque dos EUA na mesma área, teve o mesmo destino que al-Baghdadi, ao explodir uma bomba que o matou a si e a membros de sua família, incluindo mulheres e crianças, quando as forças dos EUA se aproximaram.

“Ele escolheu explodir-se – não apenas com um colete, mas explodir todo o terceiro andar – em vez de enfrentar a justiça pelos crimes que cometeu, levando vários membros de sua família com ele”, disse o Presidente dos Estados Unidos.
Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, esta é a maior operação das forças dos EUA na Síria desde a morte, em outubro de 2019, de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), morto num ataque na região de Idleb, que escapa ao controlo do poder na Síria.

Além do nome Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, pouco se sabe sobre esta figura. Segundo o Departamento de Justiça do governo americano, al-Qurayshi nasceu em Mossul, no Iraque, em 1976, e esteve envolvido diretamente em raptos, assassinatos, e no tráfico de seres humanos.

Este chegou a ser prisioneiro dos Estados Unidos, com quem colaborou e partilhou informações sobre o Estado Islâmico, foi revelado numa reportagem do Washington Post, publicada no ano passado, tendo divulgado “informações vitais” como nomes, telefones e retratos dos terroristas.