Eleitores confinados podem deixar deixar local do isolamento para irem votar

Eleitores confinados podem deixar deixar local do isolamento para irem votar


Isolados deverão poder votar num horário específico, entre as 18h e as 19h, no dia 30.


A ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, anunciou esta terça-feira, em conferência de imprensa, sobre o voto dos eleitores em isolamento devido à covid-19 nas eleições legislativas de dia 30, que o Governo e as autoridades de saúde vão emitir uma recomendação a indicar uma "janela de tempo" para que as pessoas que estão isoladas possam ir votar.

A governante lembrou que esta janela temporal, que permite às pessoas que estão a cumprir isolamento possam sair de casa, será "estritamente para votar", e adiantou que a mesma acontecerá provavelmente na hora final de votação, entre as 18h e as 19h. Contudo, o horário estará aberto a toda a população.

Apesar de ser permitido que quem está em quarentena vote no dia 30, a Ministra da Administração Interna pediu para que os cidadãos que possam, peçam o voto antecipado e vão votar dia 23.

Questionada sobre a questão da criança de seis anos infetada com covid-19 que morreu no Hospital de Santa Maria, a Diretora-Geral da Saúde, que também participou na conferência de imprensa, afirmou que aquele não era o momento para falar sobre isso.

Graça Freitas apelou a que quem vá votar apesar de estar confinado utilize viatura própria e não transportes públicos.

Cerca de 30% das pessoas que estarão confinadas não são elegíveis para votar, como é o caso dos menores de 18 anos.

"O Governo tem o máximo respeito pelos médicos de saúde pública" referiu ainda Francisca Van Dunem, quando questionada sobre o facto de vários especialistas considerarem que o quebrar do confinamento para exercer o direito de voto poderá permitir a propagação da doença.

Antero Luís, Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, pediu igualmente que os cidadãos se inscrevam para votar antecipadamente de modo a zelar pela saúde pública.

"O problema que tinhamos nas últimas eleições ampliou-se devido à velocidade de propagação do vírus", acrescentou Francisca Van Dunem.

 

 

Notícia atualizada pelas 14h desta quarta-feira, dia 19 de janeiro