Djokovic fez as admissões num post no Instagram para esclarecer "desinformação contínua" sobre os seus movimentos. O número um do tênis masculino espera jogar o Open da Austrália na próxima semana. Mas a sua participação foi ofuscada pela disputa sobre o seu visto.
Djokovic, que não está vacinado, teve o visto revogado a 6 de janeiro, pouco depois de chegar à Austrália, tendo sido posta em causa a isenção da vacina que lhe permitiria entrar. Na segunda-feira, contudo, um juiz anulou a decisão e ordenou a libertação do jogador que havia sido detido.
Para já, o governo não descartou novas ações e admite a possibilidade de o ministro da imigração do país poder cancelar o visto do tenista pela segunda vez a dias do início do torneio.
Alex Hawke poderia cancelar o visto com base em infecções anteriores por Covid, não contando como isenção. Mas o visto de Djokovic também pode ser cancelado por "motivos de caráter" com base numa investigação sobre seu formulário de chegada e possíveis violações das regras Covid da Sérvia.
Se Djokovic vencer o Open da Austrália – seu 21º Grand Slam – tornar-se-á o tenista masculino de maior sucesso da história.
No seu post no Instagram, Djokovic disse que foi em frente com a entrevista para o título francês L'Equipe porque não queria "decepcionar o jornalista". "Assegurei-me da necessidade de me distanciar socialmente e usar uma máscara, exceto quando aa minha fotografia estava a ser tirada", disse ele.
O L'Equipe confirmou que a estrela do ténis usou uma máscara o tempo todo, mesmo quando o repórter pediu que a tirasse por cinco minutos. O jornalista Franck Ramella disse que lhe disseram para não perguntar a Djokovic sobre o seu estado de vacinação ou o próximo Open da Austrália, e que, "portanto, não perguntou se ele havia considerado fazer um teste".
Na quarta-feira, a Associação Internacional de Jornalistas de Ténis descreveu o incidente como "profundamente preocupante" num comunicado à CNN. "Como jornalistas, tomamos muito cuidado para cumprir todas as regras do Covid-19 em vigor e esperamos que todos os jogadores façam o mesmo", disse Simon Chambers, copresidente do grupo. "Além disso, deve-se notar que os jornalistas precisam estar totalmente vacinados para viajar a Melbourne para o Open da Austrália deste ano", acrescentou.