O próprio líder das secretas dinamarquesas, Lars Findsen, de 54 anos, está entre os quatro espiões detidos o mês passado devido a uma fuga de informação confidencial para a imprensa local. Que uma alegada fuga estava a ser investigada já se sabia, mas a identidade dos arguidos era desconhecida.
Até que os jornalistas da televisão pública dinamarquesa, a DR, se depararam com Findsen entre os arguidos a testemunhar em tribunal, esta terça-feira. Dos quatro arguidos, todos foram ilibados excepto o chefe das secretas dinamarquesas, que enfrenta uma acusação de traição, que pode acarretar uma pena de até 12 anos de prisão.
“Quero que avancem com as acusações e declaro-me inocente. Isto é louco”, afirmou Findsen, líder do Serviço de Inteligência (FE, na sigla dinamarquesa), perante os jornalistas.
Não é a primeira vez que as secretas da Dinamarca dão por si sob escrutínio público. Aliás, Findsen chegou ao seu posto em 2015, um ano após Edward Snowden revelar que os Estados Unidos, através da NSA, usaram as secretas dinarmarquesas para espiar os seus aliados europeus.