A ministra da Saúde anunciou que a terceira dose da vacina da covid-19 para maiores de 50 anos avançará no início de janeiro. O i sabe que está também a ser ultimado o alargamento a maiores de 40 anos, que deverá seguir-se.
Em entrevista à RTP, Marta Temido apelou a que os portugueses se vacinem e garantiu que após a pausa na vacinação nos dias festivos, esta será reforçada. Reiterando que o país tem pela frente recordes de infeções e admitindo que poderá haver um congestionamento nos serviços de saúde, a ministra sublinhou que em termos de novas contratações “estão pensadas todas as que pudermos fazer”. Revelou também que já estão preparados acordos com o setor privado, social e militar em caso de ser preciso reforçar o SNS. “Estão contratualizadas mais de 400 camas para reforços dos hospitais (…). Aquilo que prometemos sempre fazer é o melhor possível num contexto cheio de incertezas e com meios sempre limitados”, disse Marta Temido.
A esta altura, o aumento de infeções não se reflete ainda em mais hospitalizações, que se têm mantido relativamente estáveis e abaixo dos mil internados com covid-19, um terço do que eram há um ano, mas nos últimos dias houve já um ligeiro aumento de admissões nos hospitais de Lisboa, apurou o i. Mas tendo começado a Omicron a espalhar-se sobretudo pela população mais jovem, havendo a expectativa de que à medida que se torne dominante chegue a todos os grupos etários, o impacto nos internamentos só poderá ser percetível com algum desfasamento. Segundo o terceiro inquérito serológico do INSA, ontem divulgado, a 19 de novembro, 86,4% da população tinha anticorpos contra o vírus, 7,5% fruto de terem estado infetadas. Com a nova variante, segundo um estudo do Imperial College London, estima-se que o risco de reinfeção sem vacina com seja 5,7 vezes superior face ao estimado para a variante delta.