Biden recusa “pânico” e garante que EUA estão “preparados” para a Ómicron

Biden recusa “pânico” e garante que EUA estão “preparados” para a Ómicron


Joe Biden garantiu na terça-feira que os Estados Unidos estão “preparados” para enfrentar a nova variante da covid-19 Ómicron, que está a tornar-se dominante, e referiu que não há motivo para “pânico”, principalmente entre os norte-americanos vacinados.


Joe Biden garantiu na terça-feira que os Estados Unidos estão "preparados" para enfrentar a nova variante da covid-19 Ómicron, que está a tornar-se dominante, e referiu que não há motivo para "pânico", principalmente entre os norte-americanos vacinados.

"Temos todos que nos preocupar com a Ómicron, mas não devemos entrar em pânico", referiu o chefe de Estado norte-americano durante um discurso dedicado à nova variante da covid-19.

O democrata salientou que o país já não se encontra em março de 2020 e assegurou que está "preparado".

Biden apontou "três grandes diferenças" em comparação com o inicio da pandemia, salientando em primeiro lugar a vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2, mas também a abundância de equipamentos de proteção individual ou o conhecimento já acumulado sobre este vírus.

No entanto, o Presidente dos Estados Unidos fez questão de referir que os não vacinados têm "motivos para se preocuparem" e que é um "dever patriótico" receberem a vacina. "Quem decide não se vacinar é responsável pelas suas próprias escolhas, mas essas escolhas são alimentadas pela desinformação na televisão e nas redes sociais", lamentou.

O líder norte-americano denunciou ainda o comportamento "imoral" de certas empresas que lucram ao permitirem a divulgação de mentiras "que podem matar os próprios clientes".

A Casa Branca já tinha divulgado a estratégia da administração de Biden para combater a nova vaga de covid-19 e que envolve a testagem, o reforço da capacidade de vacinação e o aumento da capacidade nos hospitais.

Nestas medidas não estão previstas novas restrições antes dos festejos natalícios.

Segundo um alto funcionário da Casa Branca, citado pela agência AFP, não é "necessário confinar escolas ou atividades económicas".

Os centros de testagem nos Estados Unidos têm registado longas filas desde o início da semana. As autoridades vão distribuir 500 milhões de testes gratuitos e mobilizar mil médicos, enfermeiros e membros das equipas médicas do Exército.

Os Estados Unidos vão também doar mais de meio bilião de dólares para ajudar organizações internacionais no combate à covid-19, em concreto à disseminação da variante Ómicron.

Esta nova variante representava já 73,2% dos novos casos de covid-19 na semana passada naquele país.

Joe Biden reconheceu, também na terça-feira, que "ninguém esperava que esta variante se espalhasse tão rapidamente" e revelou que planeia suspender as restrições de viagens para oito países de África, tendo em consideração que a Ómicron já está disseminada no mundo.