Covid-19. No espaço de um mês, novos casos triplicaram

Covid-19. No espaço de um mês, novos casos triplicaram


Comparação entre os números de 12 de novembro e os de ontem mostra que a média semanal subiu exponencialmente.


No espaço de 24 horas, registaram-se mais 3.879 novos casos de covid-19 em Portugal, de acordo com a informação veiculada pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Este valor levou a que a média semanal deste parâmetro subisse para 3.929 infetados, um número significativamente superior à média de 1.265 verificada a de 12 de novembro.

Recuando no tempo e começando por analisar o dia anteriormente referido, concluímos que foram anunciados 1.751 novos casos, a maior subida desde 8 de setembro. O relatório daquela sexta-feira indicava que haviam morrido mais três pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2. Este domingo, dos 13 óbitos, seis ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Centro e três no Norte.

Relativamente aos internamentos, havia 411 internados (mais 28 do que no dia anterior), dos quais 65 em unidades de cuidados intensivos (mais 1 que na quinta-feira). Ontem o número de internados aumentou ligeiramente e havia 964 pessoas com sintomas da covid-19 internadas nos hospitais portugueses, mais 12 do que no sábado. Destes, 143 encontravam-se em Unidades de Cuidados Intensivos, mais uma do que as 142 anunciadas no boletim anterior.

Há um mês, o nível de incidência crescia e situava-se nos 134,2 a nível nacional e 133,3 no continente. Importa referir que também o R(t) aumentara e era de 1,15 quer a nível nacional quer no continente. No último balanço, tendo em conta que estes valores foram atualizados na passada sexta-feira, mantiveram-se inalterados: a incidência nacional é de 457,7 casos de infeção por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Quando considerado apenas o território continental, a incidência é de 462,5. Já o Rt é de 1,11 a nível nacional e no continente.

Excesso de mortalidade Se há quatro semanas o número de casos ativos da doença era de 36.224, no final desta semana era de 68.117, ou seja, mais 31.893. Naquele mesmo dia de novembro, foram conhecidos os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) acerca da mortalidade, que aumentou ligeiramente em outubro face ao mês anterior. No entanto, esta havia diminuído em relação ao período homólogo de 2020, o ano do surgimento do novo coronavírus, sendo que foram também registados menos óbitos provocados por esta doença.

O país registou um excesso de mortalidade durante 13 dias seguidos, no período compreendido entre 20 de novembro e 2 de dezembro, segundo dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO). Somente a 25 de novembro se registou excesso de mortalidade na faixa etária dos indivíduos com menos de 70 anos — foram 88 óbitos, uma sobremortalidade de 39,1%. Porém, naquilo que concerne os idosos a partir dos 65 anos, existiu um excesso de mortalidade em todos os dias.

Recorde diário de testagem Um novo máximo de testagem diária foi verificado na sexta-feira: 197.718 testes realizados. A informação foi avançada pela Task Force da Testagem, num comunicado enviado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) aos órgãos de informação. Destes, 3,1% tiveram um resultado positivo. Por outro lado, o INSA explicou igualmente que 141.768 (72%) disseram respeito a testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional.

Desde o dia 1 de dezembro, foram feitos mais de 1,2 milhões de testes à covid-19, incluindo mais de 818 mil TRAg de uso profissional, nas quais se inclui a necessidade de apresentação de teste negativo para SARS-CoV-2 no acesso a determinados serviços ou locais, bem como o aumento de pontos de testagem em todo o território. Aproximadamente 15,5 milhões foram RT-PCR e 7,1 milhões TRAg de uso profissional.

Desde março do ano passado, já foram efetuados 22.640.962 testes de diagnóstico à covid-19, sendo que este valor não tem em conta os autotestes.