Até este domingo não foi confirmado qualquer caso da nova variante em Portugal, com as equipas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge a trabalhar para estabelecer uma ferramenta de alerta precoce como existiu para a variante Alfa, já que a Omicron partilha uma característica com a variante inglesa em que uma deteção específica no testes PCR poderão ser usados como sinal de alerta sem ser preciso esperar pela sequenciação genética de vírus, um processo mais meroso.
Foi assim de resto que em Gauteng, na África do Sul, se conseguiu perceber que a variante se tornou dominante em duas semanas, embora formalmente o país tenha sequenciado 109 amostras positivas para a nova variante B.1.529.
Segundo o i apurou, esse processo está a ser desenvolvido, esperando-se dados mais robustos ao longo da semana, enquanto permanecem em avaliação casos suspeitos com ligação à África Austral.
Segundo as plataformas internacionais de reporte de variantes, este domingo estavam confirmados geneticamente 109 casos na África do Sul, 19 no Botswana, dois na Austrália, dois no Reino Unido e um em Israel, isto apenas entre os dados submetidos formalmente na plataforma GiSAID.
Na UE, há casos confirmados na Itália, Bélgica e Países Baixos.
Em Portugal, a epidemia mantém tendência crescente.
Este sábado, os dados publicados ontem, foram confirmados mais casos do que há uma semana, com o país a passar os 50 mil casos ativos no fim de semana. Nos hospitais há agora perto de 800 doentes internados, mais de 100 em cuidados intensivos pela primeira vez desde o verão. A este ritmo, os internamentos poderão passar a barreira dos mil dentro dos próximos sete dias. Registaram-se 12 óbitos no sábado, mantendo-se um aumento do número de óbitos face ao mês de outubro.