“Situação insustentável”. Enfermeiros exigem contratação de pessoal e pagamento de horas extras

“Situação insustentável”. Enfermeiros exigem contratação de pessoal e pagamento de horas extras


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu, numa carta dirigida ao Ministério da Saúde, o levantamento das horas extras até 31 de outubro e o respetivo plano de pagamento.


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) revelou, esta sexta-feira, que exigiu ao Ministério da Saúde o levantamento do trabalho extraordinário realizado até 31 de outubro e o plano de pagamento. Na carta, o sindicato sublinha ainda a necessidade de “admissão de mais enfermeiros para responder às necessidades em saúde da população”.

“Ao longo deste ano, o SEP realizou várias ações de denúncia da carência de enfermeiros e iniciativas de luta exigindo, entre várias medidas de solução para outros problemas, a admissão de mais enfermeiros para responder às necessidades em saúde da população”, lê-se.

“Sem prejuízo do recrutamento efetuado, mesmo assim, os enfermeiros continuaram a realizar inúmeras horas extraordinárias, tradutoras da manutenção do deficit de efetivos face às necessidades”, acrescenta.

O sindicato destaca que é do conhecimento de todos que “o crescente aumento de necessidades das pessoas, designadamente relacionadas com a vacinação e aumento de internamentos, estão a determinar a necessidade de mais horas de cuidados de enfermagem disponíveis”.

Sublinhando que os enfermeiros “estão no limite” e que a “situação está insustentável”, o SEP considera “inadmissível que o Ministério da Saúde e Governo não concretizem as necessárias e exigíveis medidas emergentes”.

Entre as medidas está "a devolução da autonomia de contratação às administrações dos hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)" e dar "orientações para que as referidas Instituições intensifiquem rapidamente o recrutamento de mais enfermeiros".

O sindicato quer ainda que o Ministério da Saúde “efetue rapidamente” o levantamento da totalidade das horas extraordinárias ou “horas a mais” acumuladas até 31 de outubro. “Ou seja, independentemente da qualificação de trabalho extraordinário por parte das administrações, o que se exige é o levantamento da totalidade das designadas ‘horas a mais’, constantes da ‘coluna saldo acumulado’ inserta nos horários que as ‘plataformas Sisqual e Risis’ (utilizadas pela totalidade das Instituições) permitem fácil e rapidamente extrair”, elucida.

Por fim, pede que seja estabelecido um plano de pagamento desta “dívida rolante”.