Cidadania e desenvolvimento


Não terá um pai, encarregado de educação dos filhos, o direito de preservar a mente dos filhos, das ideias de esquerda que o Ministério quer incutir nos seus filhos?


A Sociologia é uma Ciência Social que estuda as interações entre os cidadãos e a sociedade, no seu todo, e as ações daqueles nas várias variantes comportamentais, em sociedade, e não no plano individual, já que isso é do âmbito da psicologia social.

É preocupante, mesmo numa pseudo-democracia, um pai, chefe de família, não poder educar um filho de acordo com as ideias que lhe foram transmitidas por um legado que recebeu dos seus progenitores na qualidade de encarregado de educação dos seus filhos.

No plano sociológico, resta saber se uma instituição, não democrática, pode instalar uma democracia, como muitos cidadãos portugueses julgam que foi o que aconteceu, em 25 de Abril de 1974. Resta lembrar aos mais distraídos que a instituição militar tem uma estrutura vertical, enquanto a estrutura democrática é horizontal, ou seja, são todos iguais, e o povo é quem mais ordena.

É também evidente que um Governo que recebeu, e acolheu, o apoio Parlamentar, de dois partidos políticos, que não são democráticos, não só devido à sua estrutura, mas também por recusarem a União Europeia e o Pacto da OTAN (NATO), enquanto ao mesmo tempo elogiam, a China, A Rússia, a Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, etc., etc., é evidente, dizíamos, que não é de todo democrático e, por isso dizemos que este regime é uma pseudo-democracia.

Outra questão muito importante, e aqui fundamental, é que o Ministério da Educação não é neutro, não é independente, sob o ponto de vista ideológico, e é preciso não esquecer que tem uma ideologia política de esquerda ou até de extrema esquerda.

Assim sendo pergunta-se: não terá um pai, encarregado de educação dos filhos, o direito de preservar a mente dos filhos, das ideias de esquerda que o Ministério quer incutir nos seus filhos, através da disciplina Cidadania e Desenvolvimento?!? Não terá um pai o direito de incutir, nos seus filhos, ideias de direita democrática, e recusar barbas, por fazer, e ideias tóxicas, com a recusa de usar gravata, por ser um símbolo da classe média e média alta, da direita?

Ora é incompreensível que o Ministério da Educação faça política de esquerda, castigando dois adolescentes, alunos de excelência, pondo em causa até o seu futuro académico, só para defender a sua ideologia política, e não por razões académicas, como devia ser a sua única preocupação, e obrigação para com o país e os futuros cidadãos.

Dizem que existe, em Portugal, liberdade para pensar, mas no Ministério da Educação tenta-se, disfarçadamente, formatar o pensamento dos jovens adolescentes, na esperança que eles possam evoluir (ou involuir) para a esquerda radical.

Vemos esta “guerra”, com preocupação, ao mesmo tempo que ficamos cada vez, mais convencidos que o Ministério da Educação, na sua ação, não é apartidário e faz política de esquerda.

Só nos resta esperar pelo dia 30 de janeiro de 2022, com a esperança de que possamos vir a ter, em Portugal, um Ministério da Educação apartidário e que cumpra a sua missão de educar o povo sem ideias preconcebidas.

 

Sociólogo

Escreve quinzenalmente