Putin convoca reunião com os dirigentes da Arménia e Azerbaijão

Putin convoca reunião com os dirigentes da Arménia e Azerbaijão


Putin, o primeiro-ministro arménio Nikol Pachinian e o Presidente azeri Ilham Aliev devem encontrar-se na sexta-feira em Sochi, nas margens do mar Negro, indicou hoje o Kremlin em comunicado, precisando que o dirigente russo tomou a iniciativa desta reunião


O Presidente russo, Vladimir Putin, convidou os dirigentes da Arménia e do Azerbaijão para conversações na sexta-feira, em pleno regresso das tensões entre os dois países e um ano após uma sangrenta guerra em torno do enclave do Nagorno-Karabakh.

Putin, o primeiro-ministro arménio Nikol Pachinian e o Presidente azeri Ilham Aliev devem encontrar-se na sexta-feira em Sochi, nas margens do mar Negro, indicou hoje o Kremlin em comunicado, precisando que o dirigente russo tomou a iniciativa desta reunião.

O objetivo destas discussões, "previstas para coincidir" com o aniversário da assinatura do cessar-fogo mediado pela Rússia, consiste em "examinar a aplicação" deste acordo, precisou o Kremlin, para assinalar ainda que Putin também se reunirá separadamente com os dois dirigentes.

Este encontro, o primeiro com este formato desde janeiro, surge num contexto de uma nova vaga de violência nas zonas circundantes à contestada região do Nagorno-Karabakh.

Este enclave está situado em território azeri, mas permanece controlado há 30 anos por um autoproclamado Governo arménio.

Na semana passada, a Arménia e o Azerbaijão envolveram-se nos mais violentos combates desde o fim de uma guerra de seis semanas em 2020, que provocou mais de 6.500 mortos.

Os últimos combates ilustram o precário equilíbrio que prevalece entre o Azerbaijão e a Arménia, ex-repúblicas soviéticas e dois países rivais do Cáucaso do Sul, apesar da presença na região de soldados das forças de manutenção de paz russas, enviadas em novembro de 2020 no âmbito do cessar-fogo negociado por Putin.

Habitada por uma maioria de população arménia, a região montanhosa do Nagorno-Karabakh, apoiada por Erevan, proclamou a secessão do Azerbaijão na sequência da implosão da União Soviética em 1991, e que implicou uma primeira guerra (1991-1994) com um balanço de 30.000 mortos.