A passagem pelo Estreito de Taiwan do USS Milius, navio da classe Arleigh Burke equipado com mísseis, foi um trânsito simples de rotina, indicou a Sétima Frota dos Estados Unidos.
Esta travessia "demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto", lê-se num comunicado.
Há uma semana, o Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden. Taiwan foi um dos temas da reunião.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça usar a força caso a ilha declare a independência.
O líder chinês advertiu Joe Biden que encorajar a independência da ilha é "uma tendência muito perigosa que equivale a brincar com fogo".
Navios de guerra dos EUA realizam exercícios periodicamente naquele estreito, irritando Pequim, que reivindica a ilha e as águas ao seu redor.
Os Estados Unidos e muitos outros países, como o Reino Unido, Canadá, França e Austrália acreditam que esta área pertence a águas internacionais e, portanto, está aberta a todos.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, condenou hoje a travessia, apontando-a como uma "tentativa deliberada de interromper e minar a paz e a estabilidade regionais".
"Os Estados Unidos deveriam corrigir imediatamente o seu erro", alertou.
Collin Koh, investigador da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam, em Singapura, mantém um banco de dados sobre o número de travessias relatadas por norte-americanos no Estreito de Taiwan.
Nove foram realizadas em 2019 e 15 em 2020. Este ano, já foram feitas 11 travessias, incluindo a realizada pelo USS Milius.