O endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 600 milhões de euros em setembro face ao mês anterior, para 764,5 mil milhões de euros, avançou o Banco de Portugal (BdP).
O banco liderado por Mário Centeno avança ainda que o endividamento do setor público (administrações públicas e empresas públicas) diminuiu 1,4 mil milhões de euros, para 345,1 mil milhões de euros. E explica que “esta redução resultou, sobretudo, da diminuição do endividamento junto do exterior (3,8 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensada pelo crescimento do endividamento face ao setor financeiro e às próprias administrações públicas (1,6 e 1,0 mil milhões de euros, respetivamente)”.
Já o endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares) cresceu dois mil milhões de euros, para 419,4 mil milhões de euros. O endividamento das empresas privadas cresceu 1,3 mil milhões de euros, “devido, principalmente, ao financiamento obtido junto do exterior”, explica ainda o BdP acrescentando que o endividamento dos particulares subiu 600 milhões de euros e “resultou no incremento do endividamento face ao setor financeiro”.
Os dados dão ainda conta que, no terceiro trimestre deste ano, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 373,4% para 369,9% do PIB, “impulsionado pela redução do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167,0% do PIB”. O endividamento do setor privado praticamente não se alterou: subiu de 202,8% para 202,9% do PIB.