Mariana Mortágua, também me processas a mim?


Mas que diabo, Mortágua quer processar André Ventura com que fundamento? 


Nas últimas semanas, a espanhola Cristina Seguí, que se apresenta como jornalista, tem publicado alguns tweets sobre alegados comportamentos e/ou condutas ilícitas envolvendo várias personalidades reconhecidas da sociedade portuguesa, algumas delas da política nacional.

Em nome da verdade, sem que até então essas mesmas publicações tivessem causado celeumas de maior, esta semana publicou uma que se tornou viral, escrevendo que, e cita-se:

“Espirito Santo contrató y pagó en Mano a Mariana Mortedeagua y José Bono, sin embargo José Bono y Mariana Mortedeagua tenían cuentas bancarias abiertas por instruccion de Ricardo Espírito Santo, a saber en_– Banco Privee Espírito Santo SA; Rápido: EFESCH22”. Ou seja, no fundo, Seguí acusa Mariana Mortágua de ter sido corrompida pelo BES.

Após esta publicação de Seguí, André Ventura partilhou-a e ao fazê-lo escreveu, citando novamente:

“Uma jornalista espanhola acusa Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e um ex Ministro da defesa espanhol, de receberem dinheiro do BES de Ricardo Salgado. Dá números de conta e detalhes de encontros. Isto é grave demais! Se hoje Mariana Mortágua vai ao programa do Ricardo Araújo Pereira, talvez seja um dia bom para dar algumas explicações!”. Aqui chegados, Mortágua não vai de modas e vá de dizer que iria processar a jornalista, mas também André Ventura.”

Ora bem, como diz o Costa “vamo lá ver”:

Lá que Mortágua queira processar Cristina Seguí, enquanto cidadão e jurista, honestamente, até admito a viabilidade da demanda. De facto, parece-me que o tweet em questão pode ser considerado como uma acusação ou, no mínimo, pela sua não comprovação até ao momento em que nos encontramos (e com isto não estou a dizer que seja comprovável ou sequer que seja verdade ou mentira), uma difamação. Juridicamente, na ótica do visado, admito o raciocínio.

Mas que diabo, Mortágua quer processar André Ventura com que fundamento? 

A publicação é dele? Foi escrita por ele? Ventura acusou Mortágua de ter sido corrompida ou apenas partilhou uma publicação alheia em que de facto alguém a acusa de alguma coisa? Ventura acusou-a ou até escreveu “uma jornalista espanhola acusa”? É crime partilhar posts ou tweets? É crime partilhá-los quando o “partilhante” é do Chega e o faz contra o BE, mas já não é, como tantas vezes tem acontecido, quando o “partilhante” é do BE e o visado alguém do Chega? É crime Ventura escrever que isto é grave demais? Se sim, porquê? Não é grave? Seja o teor da publicação verdadeira ou falsa, a mesma não é grave? O povo português não pode considerar isto grave? Um deputado da nação eleito pelo povo não pode considerá-lo grave? Ventura cometeu algum crime ao escrever que algumas explicações seriam exigíveis? Logo quando Mariana Mortágua passa a vida a insinuar trinta por uma linha contra Ventura? Não considerando eu que haja aqui qualquer difamação, mas admitindo academicamente que houvesse, Mortágua sente-se difamada quando alguém escreve ou partilha algo que a vise, mas acha que não difama quando é ela quem escreve ou partilha sobre outras pessoas?

Honestamente, não sei se o que a jornalista espanhola escreveu sobre Mariana Mortágua é verdade ou não. E havendo necessidade de saber se é ou deixa de ser, isso não cabe a quem quer que seja indagar isoladamente, mas apenas aos tribunais. Mas ainda assim ninguém pode falar no assunto? Ninguém pode partilhar o assunto? Ninguém pode considerá-lo grave, preocupante e carecedor de explicações ou mesmo investigações? 

Isto é acusar ou difamar alguém? Epá, é que se é, ou eu não percebo nada de Direito, e modéstia à parte ainda percebo alguma coisa, ou então já tudo pode ser considerado difamação enquanto que aquilo que o é, deixa de ser.

Eu sei que Mariana Mortágua e o Bloco de Esquerda não se dão bem com a crítica. Aliás, nem estão sequer habituados a ela. Mas meus amigos, habituem-se: quem pela espada mata, pela espada morre.

Só para terminar, relembro apenas algumas tiradas de Mariana Mortágua no Parlamento, (25 de setembro de 2020) sobre Ventura e/o CHEGA, curiosa e falaciosamente, também envolvendo o universo BES, e gostaria que me explicassem qual a diferença entre ambas. 

Mas voltando, disse Mortágua na AR:

– “Queremos investigar influências e obscuros interesses privados nos partidos políticos. Além do passado, vamos aproveitar para investigar e conhecer melhor os negócios dos dirigentes do Chega e a origem do financiamento do seu partido. Façamos já essa investigação (…) Façamos já a investigação. E pouparemos a Assembleia da República a uma comissão de inquérito futura e pouparemos também o país das aldrabices de um partido comprometido até ao pescoço com os negócios mais obscuros da elite financeira e económica (…) André Ventura não é só um político do sistema; é um político do pior que o sistema tem”.

Como é que é Mariana? Aqui já não há difamação? Também me vais processar?

Mariana Mortágua, também me processas a mim?


Mas que diabo, Mortágua quer processar André Ventura com que fundamento? 


Nas últimas semanas, a espanhola Cristina Seguí, que se apresenta como jornalista, tem publicado alguns tweets sobre alegados comportamentos e/ou condutas ilícitas envolvendo várias personalidades reconhecidas da sociedade portuguesa, algumas delas da política nacional.

Em nome da verdade, sem que até então essas mesmas publicações tivessem causado celeumas de maior, esta semana publicou uma que se tornou viral, escrevendo que, e cita-se:

“Espirito Santo contrató y pagó en Mano a Mariana Mortedeagua y José Bono, sin embargo José Bono y Mariana Mortedeagua tenían cuentas bancarias abiertas por instruccion de Ricardo Espírito Santo, a saber en_– Banco Privee Espírito Santo SA; Rápido: EFESCH22”. Ou seja, no fundo, Seguí acusa Mariana Mortágua de ter sido corrompida pelo BES.

Após esta publicação de Seguí, André Ventura partilhou-a e ao fazê-lo escreveu, citando novamente:

“Uma jornalista espanhola acusa Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e um ex Ministro da defesa espanhol, de receberem dinheiro do BES de Ricardo Salgado. Dá números de conta e detalhes de encontros. Isto é grave demais! Se hoje Mariana Mortágua vai ao programa do Ricardo Araújo Pereira, talvez seja um dia bom para dar algumas explicações!”. Aqui chegados, Mortágua não vai de modas e vá de dizer que iria processar a jornalista, mas também André Ventura.”

Ora bem, como diz o Costa “vamo lá ver”:

Lá que Mortágua queira processar Cristina Seguí, enquanto cidadão e jurista, honestamente, até admito a viabilidade da demanda. De facto, parece-me que o tweet em questão pode ser considerado como uma acusação ou, no mínimo, pela sua não comprovação até ao momento em que nos encontramos (e com isto não estou a dizer que seja comprovável ou sequer que seja verdade ou mentira), uma difamação. Juridicamente, na ótica do visado, admito o raciocínio.

Mas que diabo, Mortágua quer processar André Ventura com que fundamento? 

A publicação é dele? Foi escrita por ele? Ventura acusou Mortágua de ter sido corrompida ou apenas partilhou uma publicação alheia em que de facto alguém a acusa de alguma coisa? Ventura acusou-a ou até escreveu “uma jornalista espanhola acusa”? É crime partilhar posts ou tweets? É crime partilhá-los quando o “partilhante” é do Chega e o faz contra o BE, mas já não é, como tantas vezes tem acontecido, quando o “partilhante” é do BE e o visado alguém do Chega? É crime Ventura escrever que isto é grave demais? Se sim, porquê? Não é grave? Seja o teor da publicação verdadeira ou falsa, a mesma não é grave? O povo português não pode considerar isto grave? Um deputado da nação eleito pelo povo não pode considerá-lo grave? Ventura cometeu algum crime ao escrever que algumas explicações seriam exigíveis? Logo quando Mariana Mortágua passa a vida a insinuar trinta por uma linha contra Ventura? Não considerando eu que haja aqui qualquer difamação, mas admitindo academicamente que houvesse, Mortágua sente-se difamada quando alguém escreve ou partilha algo que a vise, mas acha que não difama quando é ela quem escreve ou partilha sobre outras pessoas?

Honestamente, não sei se o que a jornalista espanhola escreveu sobre Mariana Mortágua é verdade ou não. E havendo necessidade de saber se é ou deixa de ser, isso não cabe a quem quer que seja indagar isoladamente, mas apenas aos tribunais. Mas ainda assim ninguém pode falar no assunto? Ninguém pode partilhar o assunto? Ninguém pode considerá-lo grave, preocupante e carecedor de explicações ou mesmo investigações? 

Isto é acusar ou difamar alguém? Epá, é que se é, ou eu não percebo nada de Direito, e modéstia à parte ainda percebo alguma coisa, ou então já tudo pode ser considerado difamação enquanto que aquilo que o é, deixa de ser.

Eu sei que Mariana Mortágua e o Bloco de Esquerda não se dão bem com a crítica. Aliás, nem estão sequer habituados a ela. Mas meus amigos, habituem-se: quem pela espada mata, pela espada morre.

Só para terminar, relembro apenas algumas tiradas de Mariana Mortágua no Parlamento, (25 de setembro de 2020) sobre Ventura e/o CHEGA, curiosa e falaciosamente, também envolvendo o universo BES, e gostaria que me explicassem qual a diferença entre ambas. 

Mas voltando, disse Mortágua na AR:

– “Queremos investigar influências e obscuros interesses privados nos partidos políticos. Além do passado, vamos aproveitar para investigar e conhecer melhor os negócios dos dirigentes do Chega e a origem do financiamento do seu partido. Façamos já essa investigação (…) Façamos já a investigação. E pouparemos a Assembleia da República a uma comissão de inquérito futura e pouparemos também o país das aldrabices de um partido comprometido até ao pescoço com os negócios mais obscuros da elite financeira e económica (…) André Ventura não é só um político do sistema; é um político do pior que o sistema tem”.

Como é que é Mariana? Aqui já não há difamação? Também me vais processar?