Vejo-os nos clubes ingleses e não podem ser os mesmos. Jota, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Bruno Dias e outros noutros países, não são os mesmos. Alguém decidiu chamar esses nomes a uns tipos portugueses que se disponibilizam a jogar na selecção portuguesa. Não podemos exigir-lhes mais do que perderem apenas por 1-2 com aqueles outros da Sérvia.
Depois há o Cristiano Ronaldo ao qual todos devem tudo, até mesmo o cargo de selecionador. Aquele resolvia os jogos e este resolve quem é o melhor defesa lateral do Mundo. Assim sendo, que importa empatar se perder também faz sentido?
À excepção do Senhor Ferreira (Eusébio da Silva) da bola de couro, do campo pelado, das infiltrações, de todos os maus tratos dos tempos e das colonizações, do álcool e do abandono – e único dos anos sessenta do século passado que poderia jogar hoje à mesma velocidade, talento e resistência – sobra-nos Cristiano Ronaldo, figura mundial à custa de tanta qualidade. Mas não pode ser com o actual CR7 que as coisas vão correr bem.
Este homem deu tudo o que tinha para dar, uma imensidão. Mas não pode uma equipa com responsabilidade continuar totalmente dependente de um génio que vai persistir mas na memória, na de todos nós. Uma equipa que tem hoje, no seu motor de tantas épocas, apenas um “farejador” de erros alheios, não pode aspirar a voos apenas anunciados em conferências de Imprensa.
Glória a Cristiano Ronaldo e honra a todos aqueles nossos nomes que tanto se destacam no estrangeiro, porque estes que os querem imitar na selecção são iguais mas só no nome. Do futebol sou apenas público; das Instituições sou contribuinte e por isso crítico.