Operação Miríade. Explicações de ministro não são mais do que “obrigação”, diz António Costa

Operação Miríade. Explicações de ministro não são mais do que “obrigação”, diz António Costa


Em causa está uma audição do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, no Parlamento devido à Operação Miríade – que investiga o caso de tráfico de diamantes, ouro e droga por parte de militares portugueses em missões humanitárias na República Centro-Africana (RCA).


O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, esta terça-feira, que a audição do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, no Parlamento sobre a Operação Miríade, pedida pelo PSD e BE e viabilizada pelo PS, é uma “obrigação” de qualquer membro do Governo.

“O Governo está sempre e em todas as circunstâncias disponível para dar os esclarecimentos que a Assembleia da República entenda pedir”, afirmou, à margem das comemorações do centenário do nascimento de José Saramago que hoje completaria 99 anos.

Além de vários partidos políticos, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que o ministro da Defesa deveria dar explicações sobre o caso de tráfico de diamantes, ouro e droga por parte de militares portugueses em missões humanitárias na República Centro-Africana (RCA).

Questionado pelos jornalistas se concorda com a posição do chefe de Estado, António Costa explicou que "o Governo responde perante a Assembleia da República e, portanto, sempre que a Assembleia da República entende que quer e que precisa de informações o Governo tem a estrita obrigação” de o fazer.

"Seja o primeiro-ministro ou de qualquer outro membro do Governo, não faz mais do que cumprir sua obrigação comparecendo à Assembleia da República para dar os esclarecimentos que devem ser feitos", concluiu.