Travis Scott e Drake processados por causa de moche fatal em festival nos EUA

Travis Scott e Drake processados por causa de moche fatal em festival nos EUA


O rapper americano Travis Scott está a braços com uma ação legal depois de pelo menos oito pessoas terem sido mortas e centenas ficado feridas num esmagamento no festival Astroworld no Texas por ele organizado.


Um espectador ferido acusou Scott e o artista convidado Drake de incitar a multidão a fazer um moche que se revelou fatal. O processo que deu entrada no tribunal pede uma indemnização de um milhão de dólares.

Até ao momento nenhum dos artistas comentou o processo. Num comunicado após o esmagamento, Scott disse que estava a fazer todos os esforços possíveis para ajudar as famílias das vítimas, sendo que a mais jovem tinha apenas 14 anos.

Enquanto isso, homenagens aos mortos foram chovendo nas redes sociais. "Dançar era sua paixão e agora ela está a dançar para chegar aos portões do céu", disse a família de Brianna Rodriguez, de 16 anos, num comunicado.

Lucas Naccarati disse à BBC Radio 5 Live que três minutos após o rapper subir ao palco, "teve a certeza de que as pessoas iriam morrer". “Ninguém se conseguia mexer, não conseguias nem coçar o próprio rosto, de tão apertado que era”, disse ele.

O número de vítimas rapidamente sobrecarregou os socorristas no local, disseram as autoridades. Cerca de 300 pessoas foram tratadas por ferimentos como cortes e hematomas. A polícia da cidade de Houston, no Texas, iniciou uma investigação, incluindo a alegações de que alguém na audiência estava a injetar drogas naspessoas.

Vários espectadores tiveram que ser reanimados com remédios para overdose de drogas, incluindo um oficial de segurança que, segundo a polícia, parecia ter uma marca de injeção no pescoço.

Um dos processos, movido por Kristian Paredes, de 23 anos, acusa Scott e Drake de incitarem "um motim e violência", e afirma que a empresa de entretenimento e eventos Live Nation não forneceu serviços médicos e de segurança adequados.

O processo exige um milhão por danos e diz que Paredes "sentiu um empurrão imediato" na frente da seção de admissão geral, antes de "a multidão se tornar caótica e se ter iniciado uma debandada". “Muitos imploraram a ajuda dos seguranças contratados pela Live Nation Entertainment, mas foram ignorados”, acrescenta.

O processo avança que Paredes terá sofrido "lesões corporais graves".

Scott, o Live Nation e o promotor de shows Scoremore também são citados noutro processo que pretende também uma indemnização de 1 milhão por danos para Manuel Souza. Souza também afirma ter sofrido "graves lesões corporais quando a multidão descontrolada do espetáculo o derrubou e passou sobre ele, pisando-o".

A Live Nation ainda não comentou os processos, mas disse que está "a trabalhar para fornecer o máximo de informações e assistência possível às autoridades locais enquanto estas investigam".