À direita, nada de novo?


A pergunta que se impõe e que deverá orientar o eleitorado é a seguinte: os portugueses viveram melhor nestes últimos seis anos?


Nas próximas eleições legislativas, o que esperar da Direita?

Quanto vale hoje a Direita, considerando neste bloco imaginário PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega?

Que hipóteses de construir um verdadeiro bloco de direita, incluindo ou não o Chega?

Com que lideranças se vão apresentar aos eleitores o PSD e o CDS, embora este último, ao que tudo indica, a atual liderança se mantenha, o que motivou que o partido tenha perdido uma série de “pesos pesados”?

São estas apenas algumas das muitas dúvidas sobre a capacidade da Direita portuguesa se assumir como uma alternativa credível que mobilize o eleitorado e inicie um novo ciclo político.

Não parece difícil prever que só uma aliança consistente e credível da Direita pode derrotar a soma dos partidos de Esquerda – PS, BE e PCP. E não é de excluir que, em caso de necessidade, estes partidos constituam uma nova “geringonça”.

Que argumentos vai contrapor o principal partido da oposição, o PSD, à mais do que certa vitimização do PS, ao agitar de “números fantásticos” da economia e ao discurso da vinda do “papão” da Direita, recordando os tempos do governo de Passos Coelho? 

Quanto vale o CDS neste momento? Parece óbvio que este partido só pode subsistir se concorrer em coligação. 
Resta também tentar perceber qual o nível das previsíveis subidas da IL e do Chega.

O caso do Chega pode transformar-se numa das questões mais importantes destas eleições, se este partido tiver uma subida significativa. 

E, desta vez, será prudente que ninguém se fie muito nas sondagens.

Aqui chegados, se os resultados eleitorais mantiverem o mesmo quadro político, como ficará o Presidente da República, que anunciou eleições antecipadas se o Orçamento chumbasse no Parlamento, antecipando-se às tradicionais reuniões com os partidos e, sobretudo, ao Conselho de Estado?

O PS, que, à partida, parece reunir as condições mínimas para vencer as próximas eleições, vai pedir maioria absoluta para poder prosseguir uma política que já revelou demasiados laivos de autoritarismo e, sobretudo, bastante – diria mesmo demasiado – compadrio.

Aos socialistas não vão faltar armas para arremessar e, sobretudo, promessas ao eleitorado, muitas delas que, na verdade, se teriam concretizado se o orçamento tivesse sido aprovado.

A pergunta que se impõe e que deverá orientar o eleitorado é a seguinte: os portugueses viveram melhor nestes últimos seis anos?

Se sim, para quê mudar? Se não, do que estamos à espera?

E, mais uma vez, importa reduzir a política à sua expressão mais simples: saber como o Estado gasta o nosso dinheiro. 

Jornalista

À direita, nada de novo?


A pergunta que se impõe e que deverá orientar o eleitorado é a seguinte: os portugueses viveram melhor nestes últimos seis anos?


Nas próximas eleições legislativas, o que esperar da Direita?

Quanto vale hoje a Direita, considerando neste bloco imaginário PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega?

Que hipóteses de construir um verdadeiro bloco de direita, incluindo ou não o Chega?

Com que lideranças se vão apresentar aos eleitores o PSD e o CDS, embora este último, ao que tudo indica, a atual liderança se mantenha, o que motivou que o partido tenha perdido uma série de “pesos pesados”?

São estas apenas algumas das muitas dúvidas sobre a capacidade da Direita portuguesa se assumir como uma alternativa credível que mobilize o eleitorado e inicie um novo ciclo político.

Não parece difícil prever que só uma aliança consistente e credível da Direita pode derrotar a soma dos partidos de Esquerda – PS, BE e PCP. E não é de excluir que, em caso de necessidade, estes partidos constituam uma nova “geringonça”.

Que argumentos vai contrapor o principal partido da oposição, o PSD, à mais do que certa vitimização do PS, ao agitar de “números fantásticos” da economia e ao discurso da vinda do “papão” da Direita, recordando os tempos do governo de Passos Coelho? 

Quanto vale o CDS neste momento? Parece óbvio que este partido só pode subsistir se concorrer em coligação. 
Resta também tentar perceber qual o nível das previsíveis subidas da IL e do Chega.

O caso do Chega pode transformar-se numa das questões mais importantes destas eleições, se este partido tiver uma subida significativa. 

E, desta vez, será prudente que ninguém se fie muito nas sondagens.

Aqui chegados, se os resultados eleitorais mantiverem o mesmo quadro político, como ficará o Presidente da República, que anunciou eleições antecipadas se o Orçamento chumbasse no Parlamento, antecipando-se às tradicionais reuniões com os partidos e, sobretudo, ao Conselho de Estado?

O PS, que, à partida, parece reunir as condições mínimas para vencer as próximas eleições, vai pedir maioria absoluta para poder prosseguir uma política que já revelou demasiados laivos de autoritarismo e, sobretudo, bastante – diria mesmo demasiado – compadrio.

Aos socialistas não vão faltar armas para arremessar e, sobretudo, promessas ao eleitorado, muitas delas que, na verdade, se teriam concretizado se o orçamento tivesse sido aprovado.

A pergunta que se impõe e que deverá orientar o eleitorado é a seguinte: os portugueses viveram melhor nestes últimos seis anos?

Se sim, para quê mudar? Se não, do que estamos à espera?

E, mais uma vez, importa reduzir a política à sua expressão mais simples: saber como o Estado gasta o nosso dinheiro. 

Jornalista