BE quer eleições “o mais depressa possível” mas antes de 16 de janeiro será “impossível”

BE quer eleições “o mais depressa possível” mas antes de 16 de janeiro será “impossível”


Catarina Martins quer eleições “o mais depressa possível”, mas tendo em conta a questão da campanha eleitoral, que deve ser “esclarecedora” num momento em que o país precisa de “definição e não de impasse”. 


Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), disse que as eleições legislativas "devem ocorrer o mais depressa possível", no entanto, antes de 16 de janeiro seria "impossível" fazer uma campanha eleitoral "esclarecedora". 

Já na reta final das reuniões entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os partidos com assento parlamentar, em Belém, sobre a dissolução do Parlamento e a data das eleições antecipadas, Catarina Martins disse que "embora não fosse a opinião do Bloco de Esquerda, o Presidente da República decidiu legitimamente dissolver a Assembleia da República".

"Neste cenário, nós consideramos que as eleições devem ocorrer o mais depressa possível, devem ser os seus partidos a adaptar os seus processos ao calendário eleitoral e não o contrário", apontou a coordenadora do BE, ao frisar, no entanto, que também é necessário que "haja uma campanha eleitoral que seja esclarecedora", pois o país precisa de "definição e não de impasse", e neste caso seria "impossível antes do dia 16 de janeiro". 

Catarina Martins também deixou um recado a Marcelo Rebelo de Sousa: "uma vez que o Governo não se demitiu e está na plenitude das suas funções", o Parlamento pode continuar a executar as suas funções, tais como avançar com "as atualizações que estavam anunciadas, nomeadamente do salário mínimo nacional bem como das pensões, de algumas prestações sociais e dos salários da função pública", sustentando que "a folga orçamental deste ano dá perfeitamente para acomodar tudo isso".

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