Nuno Melo recorreu às redes sociais, esta sexta-feira, para anunciar que o Conselho Nacional de Jurisdição do CDS-PP aceitou o seu pedido de impugnação do Conselho Nacional, agendado para esta noite.
“Acabo de ser notificado pelo Conselho Nacional de Jurisdição do CDS, que julgou procedente a minha impugnação da convocatória do Conselho Nacional do Partido convocado para hoje, que nessa medida não se poderá realizar", escreveu o candidato à liderança do CDS-PP no Facebook.
Segundo o eurodeputado, a decisão “significa que, a acontecer, a reunião será ilegal e todas as deliberações tomadas serão nulas”.
“Qualquer expediente para violar a vontade expressa do Tribunal do Partido, para evitar as eleições de delegados ao Congresso agendadas para o próximo domingo, depois de quererem evitar que os militantes escolham a estratégia para pós-legislativas e a liderança que deverá enfrentar o desafio em Congresso, transformaria o partido numa realidade à margem da democracia e do próprio Estado de direito”, escreveu.
“Tenho ouvido como a direção se diz respeitadora da vontade dos órgãos do partido. Atentem então à decisão que o Tribunal do Partido expressou. Respeitem-na, para salvaguarda da dignidade do próprio CDS”, completou.
Contudo, o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, não acatou a decisão da Jurisdição e avançou com o Conselho Nacional para adiar o 29.º Congresso do partido, marcado para 27 e 28 de novembro.
“Tenho legitimidade política para liderar o partido no próximo ciclo político”, disse, defendendo que só deverá discutir a liderança do partido com Nuno Melo depois das legislativas.
“A legitimidade da liderança é inquestionável”, insistiu, defendendo que a convocatória não pode ser impugnada e garantido que não foi notificado.