Huma Abedin conta que o político que preferiu não identificar se lançou sobre ela num sofá em meados dos anos 2000, após convidá-la para sua casa. Ela diz que o rejeitou quando ele tentou beijá-la e fugiu.
O alegado abuso sexual é descrito com algum detalhe no seu novo livro, Both / And: A Life in Many Worlds, que será publicado na próxima semana.
Abedin foi uma das pessoas mais próximas da candidata democrata à presidência em 2016 e ex-secretária de Estado da era Obama, Hillary Clinton, que chegou a referir-se a ela como a sua "segunda filha".
Abedin descreve a agressão sexual entre outros episódios que ocorreram durante o período em que trabalhou para Clinton quando ela era senadora pelos EUA pelo estado de Nova York, isto entre 2001-09.
Abedin, hoje com 45 anos, não revela a identidade do senador ou sequer o seu partido.
Diz apenas que, depois de um jantar em Washington, saiu com o senador e quando eles pararam em frente à casa dele, ele a convidou para um café. Ela aceitou e, de acordo com o Guardian, que teve acesso a um exemplar das memórias, o que se passou então, segundo conta Abedin no livro é que "num instante, tudo mudou. Ele sentou-se à minha direita, colocou o braço esquerdo em volta do meu ombro e beijou-me, empurrando a língua para o interior da minha boca, pressionando-me no sofá. Fiquei tão chocada que o afastei. Tudo o que queria era que aqueles últimos 10 segundos fossem apagados."
Abedin diz que o senador se desculpou e disse que a "interpretou mal" antes de perguntar se ela queria ficar.
Ela adianta ainda: "Então, disse-lhe algo que apenas a minha versão com vinte e poucos anos teria feito – 'Sinto muito' – e saí, tentando parecer o mais indiferente possível."