Por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores
Li, há tempos, um artigo de opinião de José Pacheco Pereira em que este afirma que a democracia está cansada, triste e zangada. Os portugueses não só estão zangados como não ligam absolutamente nada, e mais, ignoram e não querem saber a tudo que se refira a eleições, candidatos e afins.
A democracia não lhes dá de comer e os portugueses não vivem nem de propostas, de debates e de paliativos.
Os portugueses com a crise e a pandemia, a maioria vê-se à rasca para chegar ao fim do mês, cada vez estão mais ensimesmados e egoístas. A Covid-19 veio realçar o que tem de pior nas relações interpares.
Os portugueses não têm panache pela democracia, se a sua vida corresse, porventura, não se importavam de viver numa ditadura. É a triste conclusão a que chego!
A democracia já é comandada pelo dinheiro vs. Influência na imprensa e o marketing faz o resto. Um artigo de António Barreto em que refere que muitos dos clichés usados para denegrir o PS são verdadeiros.
Actualmente, o PS julga que “Isto é Tudo Deles”, exerce uma rara preponderância na administração económica e social, na área cultural, na comunicação social e no poder local.
Isso deve-se à enorme massa de dependentes e com a “bazuca”, aí à porta, o PS prepara-se para o domino total do país. Há alternativa, mas não consegue chegar aos portugueses, começa logo pela manipulação abjecta de sondagens.
Se houver eleições antecipadas o PS volta a vencer. António Costa é exímio no disfarce, esconder o que pensa, vitimizar-se e dar xeque-mate no momento certo.
Já se provou que o país aguenta tudo: corrupção, nepotismo, compadrio, aliciamento, imoralidade, and so on.
Antigamente os portugueses falavam e iam presos, actualmente falam e ninguém os ouve ou fazem com que não os ouçam.
O importante é manter o statu quo e um estado de letargia incurável. A indiferença é outra doença incurável para a democracia associada ao medo e à subsídio-dependência.
Esta é a verdade da nossa democracia, porém esta verdade está escondida, mas tem pregos que podem um dia romper o saco que a esconde. Esta verdade que a maioria dos portugueses não querem saber, com o tempo vai tornar-se mais sólida e permanente. A tentativa de impor silêncio a tudo que contradiz a verdade, um dia, vai acabar.