Síria executou 24 pessoas acusadas de provocar incêndios em 2020

Síria executou 24 pessoas acusadas de provocar incêndios em 2020


Os 24 condenados foram executados na quarta-feira, depois de terem sido acusados de cometer “atos terroristas” ao provocar incêndios com materiais inflamáveis que “causaram a morte e destruíram infraestruturas do Estado”, desse aquela agência.


O regime de Damasco executou 24 pessoas acusadas de "atos criminosos", por provocarem diversos incêndios florestais em 2020, anunciou hoje a agência oficial síria SANA.

Os 24 condenados foram executados na quarta-feira, depois de terem sido acusados de cometer "atos terroristas" ao provocar incêndios com materiais inflamáveis que "causaram a morte e destruíram infraestruturas do Estado", desse aquela agência.

De acordo com a mesma fonte, 11 outras pessoas foram condenadas à prisão perpétua pelo mesmo crime.

As execuções são comuns na Síria, devastada pela guerra, mas o número de condenados à morte esta semana foi maior do que o normal.

Diversos incêndios florestais eclodiram em vários países do Médio Oriente, em outubro de 2020, quando ocorreu uma vaga de calor incomum para aquela época do ano, deixando a Síria particularmente afetada.

Três pessoas morreram nas chamas, que também queimaram grandes áreas de florestas, principalmente em Latakia e na província central de Homs.

A cidade natal do Presidente sírio, Bashar al Assad, Qardaha, na província de Latakia, foi duramente atingida pelos incêndios, que danificaram gravemente um prédio usado como armazenamento para a empresa estatal de tabaco, parte do qual desabou.

O conflito militar de uma década na Síria já provocou centenas de milhares de mortos e deslocou metade da população do país, incluindo cinco milhões de refugiados que procuraram abrigo no estrangeiro.