Manifestantes do Força Nova destroem a sede do maior sindicato italiano

Manifestantes do Força Nova destroem a sede do maior sindicato italiano


Um grupo de manifestantes fascistas atacou, destruindo-a, no passado Sábado, a sede do maior sindicato italiano, já depois de tentar tomar a sede do Governo, o Palácio Chigi, colocando o país transalpino em alerta.


O MP de Roma ordenou à polícia bloquear da Web o “Força Nova”, partido, de extrema-direita (constituído em 1997, por conhecidos militantes fascistas e membros de movimentos terroristas), que incitou manifestações nesse dia (primeiro, o ajuntamento deu-se contra a obrigatoriedade de vacinas contra a Covid19 como condição para laborar, depois um grupo seguiu para as sedes das referidas instituições). 

Em causa está, agora, por parte do governo, a possível ilegalização, por decreto, desta força partidária, algo que a lei prevê desde 1952. A Constituição proíbe, aliás, a reconstrução do Partido Fascista. Dois partidos, “Ordem Nova” e “Vanguarda Nacional”, deste jaez foram, já, ilegalizados, mas por um juiz (nunca por um decreto governamental). O Partido Democrata pede que o decreto seja, mesmo, utilizado na presente circunstância. A Liga e os Irmãos de Itália não concordam. 

A guerrilha, durante sete horas, no centro de Roma terminou com 12 detidos, entre líderes de movimentos fascistas, ex-terroristas e membros de movimentos anti-vacinas. Considerado máxima autoridade em matéria de fascismo, o historiador Emílio Gentile pronunciou-se nos seguintes termos sobre o sucedido: “[os assaltantes] definem-se como fascistas e o método violento utilizado no Sábado é o dos ‘escuadristas’ de Mussolini: assaltar a sede dos trabalhadores e destrui-las”. 

Daniel Verdú, o correspondente de ElPaís, que dá conta deste conjunto de detalhes a partir da capital italiana, titula a reportagem que assinou ontem no periódico espanhol da seguinte forma: “A sombra do fascismo regressa a Itália”