Mariana Silva, porta-voz do partido ecologista Os Verdes, reagiu à proposta de Orçamento do Estado para 2022, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, em Lisboa, depois da conferência de imprensa do ministro de Estado e das Finanças de apresentação do mesmo. A deputada começou por relembrar que é ainda cedo para fazer declarações contundentes sobre o documento, já que a avaliação foi ainda "pouco profunda".
Ainda assim, relembrou que o partido pretende ver refletidos no OE2022 cinco eixos: travar as alterações climáticas, defender o ambiente e prosseguir com as políticas do bem-estar animal, combater a pobreza, defender a produção nacional e garantir serviços públicos de qualidade. É, no entanto, no âmbito do combate à pobreza que a deputada encontra as maiores falhas, depois de uma "análise muito pouco profunda".
"O rendimento mínimo de existência não foi aumentado, e isso preocupa-nos porque achávamos que era uma medida importante, e os escalões do IRS não acompanharam a inflação. Estes são dois pontos essenciais para nós no combate à pobreza, e consideramos que não estão devidamente trabalhados neste Orçamento", explicou Mariana Silva.
Sobre a orientação de voto dos Verdes em relação ao OE2022, Mariana Silva não revelou qual será, afirmando que é necessário ainda analisar melhor o documento. "Claro que ainda temos de fazer uma análise mais profunda do mesmo e depois tomar decisões sobre como votar e de que forma é que iremos apresentar também alterações ao mesmo", continuou a deputada.