Em nome da verdade


É oportuno relembrar a exoneração do almirante Fuzeta da Ponte pelo Presidente Jorge Sampaio das funções de CEMGFA…


Por Carlos Chaves, Major-general na reforma

O relato do que se passou na última reunião do Conselho Superior da Armada (CSA) – o tal Almirantado, na designação da Monarquia –, é inacreditável e inaceitável.

Vejamos: Chamado a pronunciar-se sobre o perfil do vice-almirante Gouveia e Melo para o cargo de CEMA (do qual o próprio se tinha ausentado, porque era ele que ia ser apreciado) não só não o fez, como, alterando o pedido, decidiu analisar a vontade do Governo sobre a saída do almirante Calado e, por unanimidade dos seis almirantes presentes, decidiu emitir um parecer (?!) contrário à saída do mesmo e, pasme-se, com o voto do próprio!!!!!! Incrível!

Não só não fizeram o que a lei lhes determina, como se arrogaram a uma “revolta” contra o poder democrático legítimo… comentando ainda para a “plateia”: “Eles pensam que mandam em nós, mas não mandam”…

Note-se que nesta reunião do CSA esteve presente o chefe da Casa Militar do Presidente da República (PR). Incrível! Ao que chegamos!!! Que consequências irão o PR e o Governo retirar desta “rebelião’’? Pelo certo tudo vai ser limpo como foram os equívocos e o seu protagonista… Porca miséria, diria o poeta….

Nas atuais circunstâncias julgo essencial e oportuno relembrar a exoneração, pelo Presidente Jorge Sampaio, do almirante Fuzeta da Ponte das funções de CEMGFA, pois revela bem alguma cultura da Armada ‘‘monárquica’’ no relacionamento com o poder político democrático, legítimo e republicano.

Aí vai: No processo de substituição de um Chefe de Estado Maior da Força Aérea o CEMGFA escreveu uma carta ao PR de forma ofensiva, deslocada e inoportuna (no mínimo) por este (PR) não o ter ouvido no processo.

O Presidente Jorge Sampaio reagiu, solicitando ao primeiro-ministro, António Guterres a respectiva exoneração. Guterres ia empatando a decisão de concordância, e perante o tempo que ia passando, uma notícia colocada e publicada no JN resolveu a questão em poucas horas.

Não eram só outros tempos e outra gente… foi tão só a aplicação e o cumprimento da Constituição e da lei. Não aprenderam e agora temos a cena lamentável do CSA (o tal Almirantado). Não é para esquecer porque muita asneira e mentira tem nos últimos dias sido dita e escrita.

Poderíamos ainda analisar os casos da exoneração do CEME Silva Viegas e a não continuidade do CEMGFA Alvarenga Sousa Santos. Fica para outra oportunidade porque elas não vão faltar… em Nome da Verdade e da Transparência Democrática e Republicana.

Em nome da verdade


É oportuno relembrar a exoneração do almirante Fuzeta da Ponte pelo Presidente Jorge Sampaio das funções de CEMGFA...


Por Carlos Chaves, Major-general na reforma

O relato do que se passou na última reunião do Conselho Superior da Armada (CSA) – o tal Almirantado, na designação da Monarquia –, é inacreditável e inaceitável.

Vejamos: Chamado a pronunciar-se sobre o perfil do vice-almirante Gouveia e Melo para o cargo de CEMA (do qual o próprio se tinha ausentado, porque era ele que ia ser apreciado) não só não o fez, como, alterando o pedido, decidiu analisar a vontade do Governo sobre a saída do almirante Calado e, por unanimidade dos seis almirantes presentes, decidiu emitir um parecer (?!) contrário à saída do mesmo e, pasme-se, com o voto do próprio!!!!!! Incrível!

Não só não fizeram o que a lei lhes determina, como se arrogaram a uma “revolta” contra o poder democrático legítimo… comentando ainda para a “plateia”: “Eles pensam que mandam em nós, mas não mandam”…

Note-se que nesta reunião do CSA esteve presente o chefe da Casa Militar do Presidente da República (PR). Incrível! Ao que chegamos!!! Que consequências irão o PR e o Governo retirar desta “rebelião’’? Pelo certo tudo vai ser limpo como foram os equívocos e o seu protagonista… Porca miséria, diria o poeta….

Nas atuais circunstâncias julgo essencial e oportuno relembrar a exoneração, pelo Presidente Jorge Sampaio, do almirante Fuzeta da Ponte das funções de CEMGFA, pois revela bem alguma cultura da Armada ‘‘monárquica’’ no relacionamento com o poder político democrático, legítimo e republicano.

Aí vai: No processo de substituição de um Chefe de Estado Maior da Força Aérea o CEMGFA escreveu uma carta ao PR de forma ofensiva, deslocada e inoportuna (no mínimo) por este (PR) não o ter ouvido no processo.

O Presidente Jorge Sampaio reagiu, solicitando ao primeiro-ministro, António Guterres a respectiva exoneração. Guterres ia empatando a decisão de concordância, e perante o tempo que ia passando, uma notícia colocada e publicada no JN resolveu a questão em poucas horas.

Não eram só outros tempos e outra gente… foi tão só a aplicação e o cumprimento da Constituição e da lei. Não aprenderam e agora temos a cena lamentável do CSA (o tal Almirantado). Não é para esquecer porque muita asneira e mentira tem nos últimos dias sido dita e escrita.

Poderíamos ainda analisar os casos da exoneração do CEME Silva Viegas e a não continuidade do CEMGFA Alvarenga Sousa Santos. Fica para outra oportunidade porque elas não vão faltar… em Nome da Verdade e da Transparência Democrática e Republicana.