por Felícia Cabrita e Marta F. Reis
O tema parece adormecido, mas há um incómodo latente nas fileiras militares com a forma pouco virtuosa como a cúpula da Armada lidou com o pedido de exoneração de António Mendes Calado feito pelo Governo há duas semanas. O facto de o atual Chefe do Estado Maior da Armada (CEMA), que preside ao Conselho do Almirantado, ter conduzido os trabalhos que levaram este órgão superior da Marinha a dar um parecer negativo à proposta do Executivo – tendo inclusive votado contra a sua própria exoneração – é apontado ao Nascer do SOL por fontes militares como algo que fere a legalidade do processo e a dignidade do próprio conselho, onde têm assento os vice-almirantes da Marinha. Especialistas ouvidos por este jornal são taxativos: o ato violou o Código do Procedimento Administrativo.