O cartunista sueco, Lars Vilks, que vivia sob proteção policial há mais de uma década depois de ter sido um dos muitos autores satíricos que ousaram retratar o profeta Maomé, morreu num acidente de carro no domingo. O carro em que Vilks seguia, um veículo da polícia civil, viajava perto da cidade de Markaryd, no sul da Suécia, quando foi colhido por um camião, informou a imprensa local. Dois policias que estavam no veículo com o artista também morreram.
Embora a polícia não tenha revelado a identidade do homem que era transportado, o parceiro deste confirmou a sua morte, de acordo com o jornal sueco Dagens Nyheter. Vilks tinha 75 anos,
“Ainda não está claro como ocorreu o acidente”, disse a polícia em comunicado, acrescentando que tinham aberto uma investigação para apurar se este poderia ter decorrido de um eventual atentado. A polícia adiantou, no entanto, que as perícias iniciais sugeriam que mais ninguém estava envolvido no acidente.
O camionista foi levado para um hospital próximo, onde ainda está em tratamento.
Lars Vilks era um artista anónico até ao seu desenho polémico de Maomé que retratava a cara do profeta no corpo de um cão e que lançou a polémica. Depois disso, Vilks foi alvo de vários ataques e ameaças. Uma das fações da Al Quaeda colocou a sua cabeça a prémio, oferecendo um valor de 100 mil de dólares, a quem assassinasse o artista, em 2007. A partir daí, passou a viver sob proteção policial.