Índia acusa China de reforço militar na fronteira dos Himalaias

Índia acusa China de reforço militar na fronteira dos Himalaias


As tensões estão vivas entre as duas potências nucleares, depois de um confronto sangrento em junho de 2020, na fronteira do Tibete e na região indiana de Ladakh.


O chefe do exército indiano afirmou hoje que a China enviou um "número considerável" de soldados para a parte disputada da fronteira himalaica, o que levou Nova Deli a enviar um número equivalente de homens.

 

As tensões estão vivas entre as duas potências nucleares, depois de um confronto sangrento em junho de 2020, na fronteira do Tibete e na região indiana de Ladakh.

Após este confronto mortífero, o exército indiano e chinês enviaram milhares de soldados para esta zona fronteiriça nos Himalaias.

O general Manoj Mukund Naravane afirmou aos jornalistas no sábado, em Ladakh, que a presença de soldados chineses ao longo da fronteira de 3.500 quilómetros (km) tinha aumentado em "número considerável" e que era "motivo de preocupação".

Em resposta, afirmou o general Manoj Mukund Naravane, o exército indiano reforçou a sua presença ao longo da fronteira.

"Também introduzimos armas sofisticadas. Nós somos fortes, bem preparados para enfrentar qualquer eventualidade", declarou o general, segundo o jornal Times of Índia.

Índia e China estão em negociações desde o confronto do ano passado e, de acordo com o general Naravane, está marcada uma nova reunião para a próxima semana.

Estas declarações do general surgem dias depois do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, ter acusado os soldados indianos de cruzar ilegalmente a fronteira com o território chinês e de Nova Deli reagir a dizer que são "factos infundados".

Na semana passada, a comunicação social indiana relatava, citando fontes anónimas, que perto de 100 soldados chineses cruzaram a fronteira com o Estado de Uttarakhand, durante várias horas, no final de agosto.

O choque sangrento do ano passado, que fez 20 mortos do lado indiano, de acordo com Nova Deli, e quatro do lado chinês, de acordo com Pequim, foi o mais sério entre os dois gigantes asiáticos desde a guerra-relâmpago, em 1962, quando a China venceu facilmente a Índia.