Países Baixos. Coligação de Rutte pode voltar a governar o país

Países Baixos. Coligação de Rutte pode voltar a governar o país


Seis meses após as eleições legislativas, finalmente há novidades sobre a formação do governo.


Os Países Baixos anunciaram, esta quinta-feira, um avanço nas negociações para a formação do governo, seis meses depois das eleições, com o primeiro-ministro Mark Rutte, no poder desde 2011, preparar-se para repetir a anterior coligação.

Este processo esteva estagnado desde março, quando o partido de centro-direita, VVD, de Rutte, saiu vitorioso das eleições, devido a bloqueios impostos por vários partidos.

Sigrid Kaag, líder do partido progressista, D66, e ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, pretendia formar um novo Governo mais progressista, no entanto, acabou por retirar a sua oposição para evitar a necessidade de convocar novamente os eleitores às urnas.

“Ninguém quer novas eleições. Elas paralisam a política durante pelo menos seis meses. Vamos negociar”, declarou a antiga chefe da diplomacia em conferência de imprensa.

Negociações formais poderão agora começar entre os membros da coligação anterior, o VVD, o D66, os democratas-cristãos centristas do ministro das Finanças, Wopke Hoekstra e o partido de centro-direita conservador ChristenUnie, mas alcançar um novo acordo de Governo poderá ainda demorar semanas ou mesmo meses. Em 2017, foi necessário um número recorde de 225 dias para formar o último executivo holandês.

No passado mês de abrir, voltou a pairar uma ameaça sob o governo, depois de uma moção de censura, superada à justa, quase ter derrubado novamente o governo. Em causa estava uma acusação dos partidos da oposição que acusavam Rutte de ter mentido durante as negociações para formar a coligação.

Rutte, de 54 anos, está no poder há mais de uma década, partindo agora para a quarta liderança de uma coligações do governo holandês, vai tornar-se no chefe do Governo holandês com maior longevidade.

As mais recentes eleições dos Países Baixos aconteceram depois do governo se ter demitido em massa devido a um escândalo relacionado com subsídios atribuídos a famílias com crianças, com as o serviço de finanças deste país a acusar injustamente famílias de fraude e obrigaram-nas a devolver apoios financeiros.

De forma a corrigir este erro, o executivo holandês concordou em compensar as famílias com 30 mil euros por pessoa.