“Banco funcionou com total normalidade”, garante Miguel Maya

“Banco funcionou com total normalidade”, garante Miguel Maya


“Para a Comissão Executiva o facto de se realizar uma greve no BCP, mesmo que sem qualquer expressão ou impacto, é algo que não nos orgulha”, diz o presidente do BCP numa nota a que o i teve acesso.


No dia em que vários sindicatos bancários decidiram avançar com uma greve contra os despedimentos no BCP e Santander, o presidente da Comissão Executiva do BCP, Miguel Maya, garantiu que “o banco funcionou com total normalidade e sem qualquer perturbação”.

Numa nota enviada aos trabalhadores a que o i teve acesso, o responsável garantiu que não vai comentar “opiniões nem fazer um balanço, como muitas vezes é habitual, situando o tema no domínio do sucesso ou insucesso da greve”.

Miguel Maya destacou ainda que, “para a Comissão Executiva o facto de se realizar uma greve no BCP, mesmo que sem qualquer expressão ou impacto, é algo que não nos orgulha”.

E acrescenta: “Os Sindicatos e a Comissão de Trabalhadores não são inimigos nem sequer adversários (sou sindicalizado desde 1990 e não o deixei de ser quando assumi a responsabilidade de administrador), são organizações indispensáveis que têm por missão defender os Trabalhadores e que promovem essa defesa com a perspetiva que têm do respetivo posto de observação”, lê-se na nota onde Miguel Maya diz ainda que estes órgãos “merecem assim todo o nosso respeito, mesmo quando discordamos em absoluto, como é o caso, sobre os fundamentos para esta greve”.

Ainda na nota aos trabalhadores, o presidente do BCP diz que a Comissão Executiva “ajusta os planos em função de múltiplos fatores, entre os quais a evolução tecnológica e o respetivo impacto nos modelos de relacionamento com os clientes, e implementa a estratégia do banco a partir do conhecimento obtido de múltiplas perspetivas, pois tem a responsabilidade de ponderar diversos pontos de vista e gerir o banco na defesa dos interesses de todos os stakeholders, entre os quais os dos trabalhadores”, lê-se na nota onde acrescenta que “só o permanente equilíbrio entre os interesses dos diversos stakeholders permite assegurar a prosperidade do banco de forma sustentável”.

Garantindo saber que os trabalhadores constituem o elemento “mais distintivo da nossa cultura empresarial”, Miguel Maya assume que “os sucessos que temos alcançado não teriam sido possíveis, em dimensão e abrangência, sem os excelentes profissionais do Banco Comercial Português. É factual e demonstrável”.

No entanto, o responsável defende “por experiência própria”, que em nenhuma circunstância “poderemos escolher o caminho fácil em detrimento do caminho que consideramos correto, mesmo que tal implique, como é o caso, tomar no presente decisões difíceis mas que temos por necessárias para o desenvolvimento sustentável do banco e dos seus trabalhadores”.