Lisboa – Meritocracia ou a vitória do clã?


Espero que os lisboetas tenham a capacidade, o tempo e o interesse em parar para pensar e perceber que por detrás da espuma de um debate há efetivamente uma enorme diferença entre quem subiu na vida por mérito, com mundo, trabalho internacional de referência e os boys  do clã Sócrates/Costa meninos da mamã e do…


Tenho ouvido e lido várias críticas à prestação de Carlos Moedas no debate com Fernando Medina. Num mundo onde as aparências parecem contar mais que a realidade dos factos o impacto foi desfavorável à prestação eleitoral de Carlos Moedas. De facto, o debate não correu bem a Carlos Moedas. O estilo vivaço que estes momentos necessitam para de algum modo, no plano das aparências, pareça que sabe o que está a dizer, pareça que sabe mais que o adversário, pareça que está absolutamente consciente de todos os dossiers e pareça que o que diz é a absoluta das verdades, não foi de todo conseguido por Carlos Moedas. Nessa modalidade discursiva cujo título de campeão nacional continua a pertencer ao magnífico José Sócrates, Carlos Moedas teve muita dificuldade e foi de algum modo cilindrado pelo atual presidente da Câmara de Lisboa que como membro sénior do clã Sócrates/Costa, tem vindo a apanhar o jeito para tudo dizer com os ares de arrogância que bem caracterizam os líderes socialistas do século XXI. Parece funcionar, até porque todas as sondagens lhe dão vantagem.

Os eleitores teimosamente recusam-se a aprender com os erros. É uma pena que a componente da espuma teatral influencie mais o eleitor que a análise dos factos e dos currículos que tão importante função exige.

O percurso político e profissional de Fernando Medina não me merece particular respeito ou admiração. Do ponto de vista meritocrático considero que não tem nem perfil, nem competência para a tão importante e complexa missão de presidente de Câmara de Lisboa. Profissionalmente e fora dos jobs for the boys não lhe é conhecida qualquer atividade profissional. Há cerca de 17 anos que tem funções governativas; primeiro nos governos de José Sócrates entre 2005 e 2013 e depois na Câmara de Lisboa como vice-presidente de António Costa que ao abandonar a Câmara em 2015 lhe entrega a presidência. É claramente um filho político do clã Sócrates/Costa a quem os pais foram, ao longo da sua vida, dando tudo.

Ficámos agora a saber que também na sua vida privada tem uma enorme parecença com José Sócrates. Declarou no debate que vivia na casa onde vivia porque tinha uma família que o ajuda financeiramente – a história a repetir-se. Nós portugueses precisamos de ver o coletivo gerido por quem deu provas concretas de saber fazer bem feito, histórias de sucesso.

O estilo de contadores de histórias do clã Sócrates/Costa não resolve os problemas da economia portuguesa nem da qualidade de vida dos portugueses. É tão surpreendente a forma como Fernando Medina, no poder há mais de 17 anos, consegue parecer ser um recém-chegado à governação cujos problemas de pobreza, criados em grande medida pelo desnorte dos governos a que pertenceu, quer agora, 17 anos depois de um percurso sem nenhum valor acrescentado para a sociedade portuguesa, vir resolver. Só no plano do teatro, do fingimento e da falta de rigor analítico, tal coisa é aceitável.

Medina, e já agora para que conste e não percamos a memória, António Costa, são responsáveis pela premência do trânsito caótico, a falta de estacionamento, a falta de apoios sociais aos mais desfavorecidos, a multiplicidade de taxas e taxinhas, as várias promessas por cumprir (das 6000 casas prometidas em 2017, conseguiu fazer 800) e os casos de alegados favorecimentos e corrupção com origem na CML que a público, através da comunicação social, chegam. Já nem vou fazer a apreciação da forma como, oportunisticamente, se colou e descolou do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Em Lisboa, a expressão popular para a ocorrência é simples: “Amigos da onça”.

Espero que os lisboetas tenham a capacidade, o tempo e o interesse em parar para pensar e perceber que por detrás da espuma de um debate há efetivamente uma enorme diferença entre quem subiu na vida por mérito, com mundo, trabalho internacional de referência e os boys do clã Sócrates/Costa meninos da mamã e do papá.

Como as expressões populares, alfacinhas de Lisboa bem explicitam: “Não precisamos de meninos da mamã” e muito menos de “amigos da onça”.

 

Subscritor do Manifesto por uma Democracia de Qualidade


Lisboa – Meritocracia ou a vitória do clã?


Espero que os lisboetas tenham a capacidade, o tempo e o interesse em parar para pensar e perceber que por detrás da espuma de um debate há efetivamente uma enorme diferença entre quem subiu na vida por mérito, com mundo, trabalho internacional de referência e os boys  do clã Sócrates/Costa meninos da mamã e do…


Tenho ouvido e lido várias críticas à prestação de Carlos Moedas no debate com Fernando Medina. Num mundo onde as aparências parecem contar mais que a realidade dos factos o impacto foi desfavorável à prestação eleitoral de Carlos Moedas. De facto, o debate não correu bem a Carlos Moedas. O estilo vivaço que estes momentos necessitam para de algum modo, no plano das aparências, pareça que sabe o que está a dizer, pareça que sabe mais que o adversário, pareça que está absolutamente consciente de todos os dossiers e pareça que o que diz é a absoluta das verdades, não foi de todo conseguido por Carlos Moedas. Nessa modalidade discursiva cujo título de campeão nacional continua a pertencer ao magnífico José Sócrates, Carlos Moedas teve muita dificuldade e foi de algum modo cilindrado pelo atual presidente da Câmara de Lisboa que como membro sénior do clã Sócrates/Costa, tem vindo a apanhar o jeito para tudo dizer com os ares de arrogância que bem caracterizam os líderes socialistas do século XXI. Parece funcionar, até porque todas as sondagens lhe dão vantagem.

Os eleitores teimosamente recusam-se a aprender com os erros. É uma pena que a componente da espuma teatral influencie mais o eleitor que a análise dos factos e dos currículos que tão importante função exige.

O percurso político e profissional de Fernando Medina não me merece particular respeito ou admiração. Do ponto de vista meritocrático considero que não tem nem perfil, nem competência para a tão importante e complexa missão de presidente de Câmara de Lisboa. Profissionalmente e fora dos jobs for the boys não lhe é conhecida qualquer atividade profissional. Há cerca de 17 anos que tem funções governativas; primeiro nos governos de José Sócrates entre 2005 e 2013 e depois na Câmara de Lisboa como vice-presidente de António Costa que ao abandonar a Câmara em 2015 lhe entrega a presidência. É claramente um filho político do clã Sócrates/Costa a quem os pais foram, ao longo da sua vida, dando tudo.

Ficámos agora a saber que também na sua vida privada tem uma enorme parecença com José Sócrates. Declarou no debate que vivia na casa onde vivia porque tinha uma família que o ajuda financeiramente – a história a repetir-se. Nós portugueses precisamos de ver o coletivo gerido por quem deu provas concretas de saber fazer bem feito, histórias de sucesso.

O estilo de contadores de histórias do clã Sócrates/Costa não resolve os problemas da economia portuguesa nem da qualidade de vida dos portugueses. É tão surpreendente a forma como Fernando Medina, no poder há mais de 17 anos, consegue parecer ser um recém-chegado à governação cujos problemas de pobreza, criados em grande medida pelo desnorte dos governos a que pertenceu, quer agora, 17 anos depois de um percurso sem nenhum valor acrescentado para a sociedade portuguesa, vir resolver. Só no plano do teatro, do fingimento e da falta de rigor analítico, tal coisa é aceitável.

Medina, e já agora para que conste e não percamos a memória, António Costa, são responsáveis pela premência do trânsito caótico, a falta de estacionamento, a falta de apoios sociais aos mais desfavorecidos, a multiplicidade de taxas e taxinhas, as várias promessas por cumprir (das 6000 casas prometidas em 2017, conseguiu fazer 800) e os casos de alegados favorecimentos e corrupção com origem na CML que a público, através da comunicação social, chegam. Já nem vou fazer a apreciação da forma como, oportunisticamente, se colou e descolou do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Em Lisboa, a expressão popular para a ocorrência é simples: “Amigos da onça”.

Espero que os lisboetas tenham a capacidade, o tempo e o interesse em parar para pensar e perceber que por detrás da espuma de um debate há efetivamente uma enorme diferença entre quem subiu na vida por mérito, com mundo, trabalho internacional de referência e os boys do clã Sócrates/Costa meninos da mamã e do papá.

Como as expressões populares, alfacinhas de Lisboa bem explicitam: “Não precisamos de meninos da mamã” e muito menos de “amigos da onça”.

 

Subscritor do Manifesto por uma Democracia de Qualidade