Portugal registou “o maior número” de empregados de sempre em julho

Portugal registou “o maior número” de empregados de sempre em julho


Mesmo com um crescimento “muito forte” da criação de emprego, o ministro da Economia diz que Portugal tem a necessidade de atrair imigrantes para resolver a falta de mão-de-obra, dando como exemplo a região do Alentejo. 


Julho foi o mês em que Portugal registou o “maior número” de empregados da sua história, afirmou o ministro da Economia, esta quarta-feira, indicando uma criação de emprego “muito forte” no país e também a necessidade de atrair imigrantes para resolver a escassez de mão-de-obra.

"Estamos com uma criação muito forte de emprego em Portugal. Em julho, tivemos o maior número de pessoas empregadas em Portugal do que alguma vez tivemos na nossa história e começa a haver escassez de mão-de-obra em muitos setores e em muitas regiões", afirmou Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita a um lagar de azeite e uma herdade produtora de uvas de mesa no concelho de Ferreira do Alentejo.

Para o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Portugal tem "de ser capaz de atrair pessoas de outros países" para resolver a falta de mão-de-obra, cujo problema está em “todo o país”.

A solução, segundo Siza Vieira, passa por garantir a integração, habitação, formação e permanência de imigrantes e também assegurar a educação para os filhos das famílias que se fixem em Portugal.

Quanto às soluções de habitação, Pedro Siza Vieira apontou o Plano de Recuperação e Resiliência como forma de apoio para as estratégias municipais de habitação.

O governante realçou que também é preciso "trabalhar em formas mais diferenciadas de celebração de contratos", principalmente no caso da atividade agrícola, por ser sazonal.

Contudo, no Alentejo "há necessidades de mão-de-obra que podem aproveitar os mesmos trabalhadores ao longo de todo o ano", sublinhou o ministro.

Pedro Siza Vieira deu como exemplo o concelho de Ferreira do Alentejo: "Estão a desenvolver-se experiências muito interessantes de atração de trabalhadores estrangeiros, que têm uma vontade de fixação permanente neste território".

"O município fez o levantamento das soluções de habitação e estamos a trabalhar no sentido de encontrar formas de financiar a construção de habitação para responder a essas necessidades", assinalou o governante, ao apontar a análise que está a ser feita para o Alentejo. “Assegurar a permanência mais estável de trabalhadores, ajudando a fixar população, mas ajudando também as empresas a contar sempre com as mesmas pessoas, evitando assim formação sistemática, que acaba por assegurar maior produtividade para os trabalhadores", destacou.