Ordem dos Nutricionistas elogia proibições nos bares escolares, mas aponta falta de compromisso do Governo

Ordem dos Nutricionistas elogia proibições nos bares escolares, mas aponta falta de compromisso do Governo


A Ordem dos Nutricionistas assinala que o Governo ainda não abriu o concurso, previsto no Orçamento de Estado para 2020, para a contratação de nutricionistas para o Ministério da Educação.


As novas regras sobre a venda de produtos nos bares e em máquinas de venda automáticas nas escolas públicas mereceu o elogio da Ordem dos Nutricionistas ao Governo, mas também foi deixada uma chamada de atenção às promessas que o executivo colocou no Orçamento de Estado para 2020.

Num comunicado divulgado no site oficial, a Ordem diz que a medida “é extremamente positiva ao colocar a escola no centro de ação para a promoção da alimentação saudável”, mas reforça que ainda não foi aberto o concurso prometido para a contratação de 15 nutricionistas para o Ministério da Educação.

Seja por “inação ou falta de interesse do Governo, estamos há um ano a aguardar a mera abertura do concurso”, aponta a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, no comunicado.

Para a Alexandra Bento, estas medidas “são absolutamente indissociáveis, uma vez que o objetivo do Governo é “promover uma alimentação adequada para os mais novos, bem como um estilo de vida mais saudável”, um papel que seria desempenhado no ensino público por nutricionistas.

“Restringir a venda de géneros alimentícios menos saudáveis deve ser acompanhado com programas de apoio à promoção da alimentação adequada, o que implica investir na contratação de nutricionistas”, salienta a bastonária.

De acordo com o Despacho n.º 8127/2021, publicado no Diário da República esta terça-feira, as regras de disponibilização de alimentos nas escolas públicas devem ser acompanhadas por programas de apoio à promoção e educação para a saúde, feito em conjunto com as autoridades de saúde.

Alexandra Bento sublinha a dúvida de que como é que será cumprido este objetivo, visto que o “número de nutricionistas nos serviços públicos de saúde e nas autarquias é manifestamente insuficiente”.

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