A vacinação contra a covid-19 no Queimódromo do Porto foi suspensa devido a uma falha na cadeia de frio. Ao falar sobre o sucedido, o coordenador da task-force de vacinação, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, reconheceu os constrangimentos causados pela falha, mas garantiu que a task-force conseguiu reconfigurar a operação para superar o problema. O responsável esclareceu ainda que não há perigo para a saúde das pessoas que foram inoculadas naquele local.
Gouveia e Melo começou por dizer que se perdeu “a capacidade” de vacinar “num espaço específico”, mas que “há outras capacidades que podem responder imediatamente”. “Conseguimos reconfigurar a operação para superar o problema”, indicou.
“Do que é o nosso conhecimento, e do conhecimento do próprio processo relacionado com as vacinas, não há impacto na saúde das pessoas. A vacina pode é ser considerada nula e é isso que tem de ser verificado agora. Se é ou não, isso ainda vai ser avaliado por um protocolo, porque, eventualmente, as vacinas apesar de terem fugido ao período de temperatura em que deviam estar guardadas, podem estar ativas. É isso que tem de ser verificado”, explicou o responsável aos jornalistas, no Porto, ao responder sobre o eventual impacto na saúde das 980 que tomaram as vacinas que levaram à suspensão da vacinação naquele espaço, acrescentando ainda que a falha na refrigeração ocorreu “no frigorífico do Queimódromo”.
Apesar desta falha, Gouveia e Melo sublinhou que a vacinação em Portugal “está no bom caminho”.
“Acho que estamos num bom caminho. Queria vacinar entre 85 a 90% da população portuguesa para ter a certeza que conseguimos eliminar este vírus e retomar às nossas vidas normais”, rematou.
Recorde-se que ao anunciar a suspensão da vacinação no Queimódromo do Porto, na manhã desta quinta-feira, a task force indicou que os agendamentos previstos para este centro serão reagendados para outros locais e os utentes vacinados nos dias 9 e 10 de agosto “serão contactados pelas entidades de saúde, até a próxima semana”,
O Infarmed está a acompanhar a situação e “na eventualidade de existir alguma suspeita de reação adversa, esta deve ser comunicada através do Portal RAM”.
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