Estádio Universitário. O novo ginásio da capital

Estádio Universitário. O novo ginásio da capital


Para aqueles que procuram espaços de exercício ao ar livre, o Estádio Universitário de Lisboa acrescentou ao circuito pedonal, vários aparelhos de ginástica, transformando o local num verdadeiro ginásio ao ar livre.


Demorou, mas está oficialmente inaugurado o novo circuito de manutenção do Estádio Universitário de Lisboa, com um total de oito estações individuais para realizar exercícios específicos. É a mais recente adição aos espaços ao ar livre na capital lisboeta para fazer exercício, localizada num dos seus principais complexos desportivos.

“Há muito que este circuito de manutenção necessitava de ser requalificado, não só por o mesmo ter vindo a degradar-se ao longo do tempo, quer ao nível dos equipamentos, quer ao nível da sua sinalética e placas informativas, mas também porque o EULisboa necessitava de um circuito de manutenção renovado e atualizado, que possibilitasse responder às necessidades e expectativas dos inúmeros utentes que diariamente utilizam este tipo de equipamentos para desportos e atividade física ao ar livre”, começa por explicar João Manuel da Silva Roquette, presidente do Estádio Universitário de Lisboa.

O espaço, continua, em declarações ao i, é “um circuito de manutenção de acesso livre com várias estações e repleto de árvores, integrado ao longo de alguns dos troços dos percursos de corrida existentes, possibilitando assim que os utentes possam, para além da marcha e corrida, realizar um conjunto diversificado de exercícios físicos, tendo em vista a manutenção e/ou melhoria da sua condição física”. A sua remodelação foi feita “tendo em consideração o projeto EULx em Movimento, vencedor do orçamento participativo de Lisboa/2015, bem como o protocolo de cooperação assinado entre o Município de Lisboa e a Universidade de Lisboa”, onde se incluiu também “a construção de um campo de desportos de praia e da requalificação dos circuitos de marcha e corrida”.

Foi aproveitado o layout e o traçado do circuito antigo, substituindo apenas a sinalética e as estações do mesmo, “de forma a ser instalado um novo circuito que propomos [o EUL] que seja constituído por 8 estações, sendo 6 estações para exercícios individuais e duas estações maiores com playground para power station”. Dessas, a 1.ª e a 5.ª são as maiores, “duas multi-estações modulares, ou seja, pequenos ginásios de ar livre especialmente vocacionados para os praticantes que prefiram estar estacionários e realizarem um trabalho de exercícios calisténicos e/ou de cross-fit, mais direcionados para o street workout”, como explica o presidente do EUL, “sendo que no caso da estação n.º 1, ou mini-power station, pretende-se instalar uma unidade básica para treino de calistenia que comporte todas as valências fundamentais  para este tipo de treino com o peso corporal, para um máximo de 8 a 10 utilizadores simultâneos”.

Este renovado espaço do Estádio Universitário de Lisboa tem como objetivo “instalar novos equipamentos de fitness ao ar livre, de forma a permitir promover a atividade física e desportiva no exterior, melhorando nomeadamente a destreza motora, aptidão cardiovascular e as qualidades físicas de força, coordenação, potência muscular, resistência muscular, equilíbrio e flexibilidade” dos seus utentes, defende João Roquette, sendo que a entrada é “aberta gratuitamente a todos os utentes da cidade de Lisboa”. Só há algumas limitações para quem queira usar os novos aparelhos: os utentes deverão ter mais de 14 anos de idade – os menores deverão estar acompanhados dos pais ou encarregados de educação – e mais de 1,40m de altura. “Este novo circuito de manutenção é mais funcional e acessível aos diferentes tipos de treino de ar livre (e.g. treino de calistenia, treino de rua  – Street Workout, incluindo Freestyle, Cross-fit, treino funcional,…), utilizando o peso do próprio corpo, através de equipamentos fixos variados e com possibilidade de adaptação multigeracional, […] promovendo estilos de vida saudáveis de forma inclusiva, ou seja, com segurança para todos os utentes e sem riscos inaceitáveis de acidente ou lesão”, conclui ainda João Roquette.

Uma visita ao local dá para perceber que vai ser muito difícil alguém controlar quem está a usar os novos aparelhos, a decisão ficará ao critério de cada um. Refira-se que este novo ginásio a céu aberto demorou seis meses a ser construído, depois de um atraso de dois meses devido à exclusão de todas as propostas apresentadas no primeiro concurso público – a obra ficou em cerca de 70 mil euros. Já antes os responsáveis do recinto tinham mudado quase todos os campos de futebol de relva para sintético. O único natural é o campo principal, onde, normalmente, joga a seleção de Râguebi.

Recorde-se que no Estádio Universitário  existem dois pavilhões que estão a ser usados para a vacinação da covid. Enquanto uns exercitam o corpo, outros são vacinados.