Woodstock 99: Peace Love and Rage
Depois do sucesso das comemorações do Woodstock 94, os organizadores do lendário festival tentaram emular o espírito de “paz e amor” do festival de 1969, mas acabaram por criar algo mais semelhante aos concertos de Altamont, certame que ficou conhecido como o fim do verão do amor. Este documentário retrata o infame festival e todo o caos que marcou o evento, desde a falta de água que levou à hospitalização de inúmeros fãs, as atitudes machistas, os múltiplos relatos de violação e os motins que obrigaram as tropas do estado de Nova Iorque a intervir no local. Mais do que o retrato de um festival, que contava com bandas como Limp Bizkit ou Korn no cartaz, este é a dissecação da juventude americana no início do século XXI.
Summer of Soul
Enquanto em Woodstock se celebrava o “verão do amor”, no mesmo ano, a cerca de 160 quilómetros, no bairro de Harlem, na cidade no Nova Iorque, ao longo do verão foram realizados diversos concertos no Harlem Cultural Festival. Aquele que também ficou conhecido como o “Woodstock dos negros” contou com artistas como Sly and the Family Stone, B.B. King ou Nina Simone. Este documentário, realizado por Questlove, baterista dos The Roots, procura lançar luz sobre um certame que durante anos esteve esquecido e parecia estar destinado a desaparecer dos livros de história. Ao longo do filme, o realizador procura ligar as músicas com acontecimentos históricos e a realidade de ser negro nos EUA.
McCartney 3,2,1
O que acontece quando juntamos duas lendas, Paul McCartney, fundador dos Beatles, dos Wings e dono de uma inconfundível carreira a solo, e Rick Rubin, influente produtor musical, responsável pelo som de discos de artistas como Kanye West, Johnny Cash ou os Beastie Boys, na mesma sala? Uma série de televisão baseada nas longas conversas entre estas duas fascinantes personalidades. Ao longo de seis episódios vamos conhecendo uma das mais fascinantes carreiras da história da música e os segredos por trás de músicas inesquecíveis como While My Guitar Gently Weeps, Let It Be ou Yesterday. A série poderá ser vista online na plataforma de streaming Disney+ no dia 25 de agosto.
The Beatles: Get Back
Ainda no tópico Beatles, o realizador Peter Jackson, responsável pelas trilogias do Senhor dos Anéis e do Hobbit, pretendia criar um filme sobre as conturbadas gravações do último disco dos Fab Four, Let It Be, mas, face à quantidade gigantesca de material, 55 horas de gravações e 140 horas de material sonora, o cineasta decidiu converter esta experiência num documentário de três episódios. Lançado no Disney+ em 25, 26 e 27 de novembro, o filme irá focar-se no período de gravação deste disco, oferecendo uma visão mais leve e bem-humorada das sessões de gravação, imagens inéditas e na integra do último concerto do grupo no terraço do edifício da Apple Corps, em Savile Row, e dos últimos dias do Beatles.
The Sparks Brothers
Podemos não estar muito a par do trabalho dos irmãos Mael, mas não podemos dizer o mesmo de Beck, os membros dos Joy Division e New Order ou Flea, dos Red Hot Chilli Peppers, que veneram este grupo e que dão os seus testemunhos para este documentário. Apesar de terem passado despercebidos a muitos, os Sparks, a irreverente banda americana formada em 1969 e que já lançou 25 álbuns ao longo da sua carreira, é o foco do documentário realizado por Edgar Wright, cineasta responsável por filmes como Hot Fuzz, Shaun of the Dead ou Baby Driver. Uma banda de culto com inúmeros fãs leais, os Sparks influenciaram várias gerações de grupos pop e rock e, apesar das dificuldades sempre se mantiveram fiéis à sua identidade.
Framing Britney Spears
Muita tinta já foi vertida sobre o chocante caso #FreeBritney, em que a cantora revelou que o seu pai, nomeado o seu tutor legal, em 2008, depois de a cantora ter sido hospitalizada para tratamento psiquiátrico após um esgotamento nervoso, a deixou “traumatizada” e que a tutela se “tornou abusiva”, com o pai e a família a aproveitarem-se da cantora e do seu sucesso financeiro, obrigando-a a fazer concertos contra a sua vontade. Este documentário, que retrata a batalha legal de Britney contra o seu pai e a forma como os meios de comunicação e a sociedade contribuíram para deteriorar a saúde mental da princesa da pop, foi essencial para apontar os holofotes para o caso.
The Velvet Underground
Autores de músicas como Sunday Morning ou Heroin, os Velvet Underground são uma das bandas mais influentes de sempre e com uma mística que prendeu a curiosidade de fãs durante décadas. Agora, o realizador Todd Haynes, responsável por filmes como Velvet Goldmine ou Carol, criou este documentário, que estreou no Festival de Cinema de Cannes, para analisar a origem do grupo apadrinhado por Andy Warhol e por onde passaram lendas da música como Lou Reed, Nico e John Cale, e para explicar como é que a sua impressão digital continua presente nos mais diferentes artistas. O filme vai estrear no dia 15 de outubro na plataforma Apple TV+.
1971: The Year That Music Changed Everything
No distante ano de 1971, há precisamente meio século foram lançados dezenas de icónicos álbuns, desde What’s Going On de Marvin Gaye a There’s a Riot Going On de Sly and the Family Stone, Imagine de John Lennon ou Sticky Fingers dos Rolling Stones, e o mundo da música nunca mais foi o mesmo. A premissa deste documentário, em exibição na Apple TV+, é relacionar estes icónicos discos com as realidades sociais vividas no mesmo ano, como a guerra do Vietname, a presidência corrupta de Richard Nixon, ou com questões que ainda continuam contemporâneas, como o racismo sistemático, a luta feminista ou o consumo excessivo de drogas.