Foram libertados 28 dos 121 jovens vítimas de rapto na Nigéria

Foram libertados 28 dos 121 jovens vítimas de rapto na Nigéria


Os atacantes invadiram o Colégio Baptista Bethel, na cidade de Chikun, por volta das 2:00 locais (mesma hora em Lisboa), disparando esporadicamente antes de levarem um número ainda indefinido de estudantes, disse John Hayab, reverendo da Igreja Baptista e presidente do ramo regional da Associação Cristã da Nigéria.


Os homens armados que sequestraram 121 adolescentes no início de julho, num internato escolar no noroeste da Nigéria, libertaram 28 dos reféns, informou hoje um funcionário da escola secundária cristã.

 

Em 5 de julho, 121 estudantes foram raptados no noroeste da Nigéria, depois de homens armados terem atacado um internato de uma escola secundária, no estado de Kaduna.

Os atacantes invadiram o Colégio Baptista Bethel, na cidade de Chikun, por volta das 2:00 locais (mesma hora em Lisboa), disparando esporadicamente antes de levarem um número ainda indefinido de estudantes, disse John Hayab, reverendo da Igreja Baptista e presidente do ramo regional da Associação Cristã da Nigéria.

Esse ataque foi o mais recente de uma série de sequestros em massa de crianças e estudantes no noroeste da Nigéria por grupos criminosos.

Hoje, o reverendo Hayab anunciou que 28 desses jovens tinham sido libertados, estando já junto dos seus pais.

"Os bandidos libertaram-nos ontem e nós fomos buscá-los no autocarro da igreja", disse o reverendo, acrescentando que as crianças passaram a noite na escola antes de as autoridades contactarem os seus familiares.

"Ao todo, temos 34 crianças que recuperaram a liberdade e 87 que ainda estão reféns dos bandidos", informou Hayab, esclarecendo que "cinco crianças fugiram em 21 de julho, duas delas foram encontradas pela polícia e as outras três conseguiram chegar à escola por conta própria".

Após o rapto de 5 de julho, os sequestradores exigiram comida e um resgate dos funcionários da escola para a libertação dos reféns.

"Conversámos muito com os bandidos. A igreja, mas também os pais, tiveram um papel importante" na sua libertação, explicou Hayab, concedendo que foi dado dinheiro aos sequestradores, mas sem revelar a quantia.

Os raptos de viajantes ou de figuras influentes para o pagamento de resgate são comuns no país mais populoso de África.

O grupo islâmico Boko Haram começou a realizar raptos em escolas, com o sequestro de mais de 200 meninas no dormitório de Chibok, em 2014, provocando a indignação na opinião pública mundial.

Nos últimos meses tem havido um aumento de raptos em massa em escolas no norte da Nigéria com o objetivo, em muitos casos, de obter resgates avultados e, segundo as autoridades, cerca de mil estudantes foram raptados desde dezembro.

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, ordenou às forças de segurança que fizessem tudo para libertar as crianças, mas o chefe de Estado tem sido fortemente criticado por a situação de segurança no país continua a piorar.