3222 jovens, objetores de consciência


Quanto mais desenvolvido é um Estado, maior deve ser a sua responsabilidade política e social o que implica grande coesão social e desenvolvimento humano…


Um Estado é uma nação organizada que tem fins de conservação, de justiça e de bem-estar social, ou seja, respetivamente: território, população e governo, de justiça comutativa e distributiva e fins de natureza social.

Quanto mais desenvolvido é um Estado, maior deve ser a sua responsabilidade política e social o que implica grande coesão social e desenvolvimento humano, o que por sua vez exige organização para a realização desses objetivos, que não podem variar conforme o tempo e a moda, ou seja, conforme a conjuntura.

O Estado-nação tem obrigações e interesses permanentes a que tem que ser fiel, sob pena de claudicar e desaparecer, absorvido ou incorporado num outro Estado.

A defesa e segurança dos cidadãos de uma nação, é hoje, um dos assuntos mais sérios com que se deparam os Estados-modernos, a começar pela conservação do seu território que é um elemento decisivo e indispensável para acolher uma nação.

Uma nação sem território é um “sem abrigo”. Não entendemos nem aceitamos, que fique ao critério pessoal de um cidadão de 18 anos de idade, decidir se quer ou não cumprir o serviço militar para ajudar na defesa do seu país, em caso de necessidade, e ter, apesar disso, depois da recusa, o estatuto de cidadão.

Quem no passado era rejeitado na inspeção médica para o serviço militar, era obrigado a pagar uma taxa militar, ao Estado, durante anos, como compensação pelo prejuízo causado.

Aos 18 anos um indivíduo não tem a maturidade mínima para tomar certas decisões que tenham implicações no coletivo nacional.

No séc. XX a maioridade só era adquirida aos 21 anos e só aos 25 se podia entrar num casino.

Nos últimos oito anos, 3.222 jovens invocaram objeção de consciência para não cumprir o serviço militar, sendo a maioria por motivos religiosos…

Segundo a lei de 1992, tal direito de isenção do serviço militar, verifica-se quer em tempo de paz ou de guerra. Tal facto foi divulgado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude que, pensamos, deve ter qualquer conexão com o Ministério da Educação!?!…

Se, no futuro, passarem a ser 100% os objetores de consciência, como vai o Governo resolver o problema da Defesa Nacional? Será que vai contratar mercenários, ou firmas privadas com exércitos privados de aluguer?. É que quem cumpriu o serviço militar e até participou no esforço de guerra, não pode entender esta postura do Estado ou de um Governo de esquerda, já que as esquerdas tratam bem deste setor e só o Estado é que decide o que é que os cidadãos devem pensar acerca da defesa do país, e quem assim não pensar sofre as consequências que o Estado entender. As esquerdas radicais sabem-no bem, quer o PCP quer o Bloco.

É estranho que, quer na esquerda, quer na direita, todos fiquem em silêncio e que até haja caçadores que foram objetores de consciência, mas que têm licença de caça para matar animais.

Teremos que esperar por novos tempos que vão trazer, com certeza, grandes mudanças já que “o que não tem solução, solucionado está”. É só uma questão de tempo, tal como foi no 25 de Abril de 74.

 

Sociólogo
Escreve quinzenalmente


3222 jovens, objetores de consciência


Quanto mais desenvolvido é um Estado, maior deve ser a sua responsabilidade política e social o que implica grande coesão social e desenvolvimento humano...


Um Estado é uma nação organizada que tem fins de conservação, de justiça e de bem-estar social, ou seja, respetivamente: território, população e governo, de justiça comutativa e distributiva e fins de natureza social.

Quanto mais desenvolvido é um Estado, maior deve ser a sua responsabilidade política e social o que implica grande coesão social e desenvolvimento humano, o que por sua vez exige organização para a realização desses objetivos, que não podem variar conforme o tempo e a moda, ou seja, conforme a conjuntura.

O Estado-nação tem obrigações e interesses permanentes a que tem que ser fiel, sob pena de claudicar e desaparecer, absorvido ou incorporado num outro Estado.

A defesa e segurança dos cidadãos de uma nação, é hoje, um dos assuntos mais sérios com que se deparam os Estados-modernos, a começar pela conservação do seu território que é um elemento decisivo e indispensável para acolher uma nação.

Uma nação sem território é um “sem abrigo”. Não entendemos nem aceitamos, que fique ao critério pessoal de um cidadão de 18 anos de idade, decidir se quer ou não cumprir o serviço militar para ajudar na defesa do seu país, em caso de necessidade, e ter, apesar disso, depois da recusa, o estatuto de cidadão.

Quem no passado era rejeitado na inspeção médica para o serviço militar, era obrigado a pagar uma taxa militar, ao Estado, durante anos, como compensação pelo prejuízo causado.

Aos 18 anos um indivíduo não tem a maturidade mínima para tomar certas decisões que tenham implicações no coletivo nacional.

No séc. XX a maioridade só era adquirida aos 21 anos e só aos 25 se podia entrar num casino.

Nos últimos oito anos, 3.222 jovens invocaram objeção de consciência para não cumprir o serviço militar, sendo a maioria por motivos religiosos…

Segundo a lei de 1992, tal direito de isenção do serviço militar, verifica-se quer em tempo de paz ou de guerra. Tal facto foi divulgado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude que, pensamos, deve ter qualquer conexão com o Ministério da Educação!?!…

Se, no futuro, passarem a ser 100% os objetores de consciência, como vai o Governo resolver o problema da Defesa Nacional? Será que vai contratar mercenários, ou firmas privadas com exércitos privados de aluguer?. É que quem cumpriu o serviço militar e até participou no esforço de guerra, não pode entender esta postura do Estado ou de um Governo de esquerda, já que as esquerdas tratam bem deste setor e só o Estado é que decide o que é que os cidadãos devem pensar acerca da defesa do país, e quem assim não pensar sofre as consequências que o Estado entender. As esquerdas radicais sabem-no bem, quer o PCP quer o Bloco.

É estranho que, quer na esquerda, quer na direita, todos fiquem em silêncio e que até haja caçadores que foram objetores de consciência, mas que têm licença de caça para matar animais.

Teremos que esperar por novos tempos que vão trazer, com certeza, grandes mudanças já que “o que não tem solução, solucionado está”. É só uma questão de tempo, tal como foi no 25 de Abril de 74.

 

Sociólogo
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