Mike Wimmer, 12 anos – Carolina do Norte
Em apenas um ano, Mike Wimmer, de Salisbury, Carolina do Norte, concluiu dois anos de ensino médio e dois anos de um diploma de associado. Formou-se no Rowan Cabarrus Community College em 21 de maio e, uma semana depois, licenciou-se na Concord Academy High School. “Como posso adquirir conhecimento instantaneamente, posso realmente passar por cada aula num ritmo mais rápido do que o ritmo normal”, explicou numa entrevista ao GMA, acrescentando que poderia fazer o trabalho de oito semanas para a faculdade em duas.
Mike autointitula-se como o “rapaz da matemática e das ciências”. Ao mesmo tempo que terminava o liceu e faculdade, o jovem já geria empresas. Além de se destacar na Concord Academy e no Rowan-Cabarrus Community College, Mike também fundou duas startups de tecnologia: a Next Era Innovations (que desenvolve aplicativos e programas relacionados a robótica) e a Reflect Social (que combina vários aplicativos num único dispositivo compatível).
A ideia do “pré-adolescente” é simplificar a forma como a tecnologia de uma casa inteligente funciona. “O meu objetivo empresarial é construir tecnologia que permita às pessoas viverem uma vida melhor”, referiu. Todo o seu conhecimento de programação e robótica foi obtido através de tentativa e erro e de vídeos online. Atualmente, o jovem é o único menor a trabalhar para o Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos do Departamento de Defesa e, tal como Kashe, é membro do MENSA desde os quatro anos de idade.
Agora, Mike possui várias opções que incluem ofertas de emprego dentro e fora dos Estados Unidos, além de uma bolsa de estudos que lhe permitirá expandir sua startup. Numa entrevista à CNN, o jovem explicou desejar que as pessoas saibam que ele ainda é uma criança e que também arranja tempo para atividades infantis normais, como jogar basquete e construir Legos. “Muitas pessoas pensam que desisti da minha infância ou de alguma forma a perdi”, relatou Wimmer, “mas eu digo-lhes que estou a divertir-me muito”.
Alena Wicker, 12 anos – Texas
Alena Wicker tem apenas 12 anos, já finalizou o ensino médio e há dois meses que ingressou na Universidade do Estado do Arizona. O seu sonho é tornar-se “a mulher negra mais jovem a trabalhar para a NASA”. Alena pretende alcançar esse lugar aos 16 anos. Em entrevista ao programa GMA, a menina, que mora no Texas, revelou que planeia obter duas especializações em Astronomia – em Química e Ciências Planetárias.
O objetivo é construir um “rover espacial”. Segundo Alena, a sua paixão por ciência e tecnologia começou “ainda criança”, quando descobriu o quanto gostava de construir plataformas com Legos: desde pequena que constrói Legos de grandes dimensões e de extrema dificuldade. Exemplos disso são o Taj Mahal, o castelo Disney, o Millennium Falcon, o rover Apollo 11 e um foguete da NASA.
Já em “pré-adolescente”, a jovem começou a notar “as disparidades raciais e de género nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)” e decidiu fazer algo a respeito disso lançando o seu próprio site, Brown Stem Girl (BSG), que “fornece uma alternativa às mulheres negras interessadas em STEM”. Alena elaborou todo o plano de negócios para a BSG por conta própria e contactou as pessoas que a poderiam ajudar em vários aspetos da sua criação – de designers gráficos a pedidos de financiamento maiores e relações públicas.
Além da faculdade, seus objetivos de carreira e a BSG, Alena está a aprender espanhol e árabe. Um dos próximos projetos da “pré-adolencente” é um livro infantil intitulado Brainiac World. O nome vem da maneira como as outras crianças a provocavam quando era mais nova, e, para esta, essa é a melhor forma de pegar essa palavra de volta e transformá-la em algo positivo. Ao mesmo tempo, encontra-se a trabalhar no seu podcat, que tem como objetivo “encorajar as meninas ao STEM e trazê-las”, esclareceu à GMA.
Laura Büchele, 9 anos – Orlando
Com apenas 9 anos de idade, a brasileira Laura Büchele também já integra a associação Mensa, nos Estados Unidos. Membro desde outubro deste ano, a criança chamou a atenção dos professores americanos por se destacar em sala de aula, uma vez que havia acabado de se mudar do Brasil para Orlando, Florida — em vez de apresentar dificuldades com o novo idioma, Laura só se destacava entre as demais crianças.
Segundo a sua mãe, a menina sempre teve uma educação “normal” até os dois anos de idade, com estímulos através de livros, jogos lúdicos e desenhos. Porém, a partir dos dois anos, começou a chamar a atenção dos familiares pela forma como comunicava. Construía frases inteiras, conjugava corretamente os verbos e usava palavras diferentes daquelas que fazem parte do vocabulário de uma criança dessa idade.
“Ela dizia coisas engraçadas. Parecia um adulto pela forma como colocava a voz e como sabia tantas palavras. Dizíamos que ela seria política, pelo seu jeito formal de falar, mas no Brasil não procurei nada a respeito disso. Achávamos que ela era realmente muito inteligente, mas jamais nos passou pela cabeça o quão profundo seria”, explicou a mãe numa entrevista à CNN Brasil. Quando tinha seis anos a criança mudou-se juntamente com a família para a Florida e os “sinais” começaram a aumentar.
Os professores recomendaram que a pequena fizesse um teste de QI e Laura foi avaliada com um quociente correspondente a 139. Então, foi-lhe recomendado passar a pertencer a uma sala especial, para que esta conseguisse ser desafiada, porque “segundo a professora a criança ficava muito ansiosa nas aulas e, por isso, passava grande parte do tempo a ler livros”, acrescentou a mãe.
Apesar de estar no 4º ano escolar, Laura foi avaliada com nível de leitura 7,7, o que significa que pode ler livros do 7º ano; em relação à Matemática, o seu nível é suficiente para compreender conteúdo do 5º ano e no Inglês o seu conhecimento atinge o conteúdo do 6º ano escolar.