Gouveia e Melo: O sucesso de um homem ou de uma instituição?


Se há figura a quem podemos associar este sucesso é o do vice-almirante Gouveia e Melo, cujo nome se tornou sinónimo de organização, profissionalismo e eficiência. 


Embora muitos de nós conheçamos um ou outro caso em que a vacina contra a covid-19 correu mal, é indesmentível que a imunização está a traduzir-se em resultados palpáveis. Basta notar que, mesmo com o número de infeções a aumentar de forma preocupante nos últimos tempos, o número de óbitos caiu literalmente a pique – eram em média 300 por dia em finais de janeiro, atualmente encontram-se em valores de um dígito e há até muitos dias sem mortes a lamentar.
Tudo isto, tanto quanto julgo saber, por “cortesia” das vacinas.

Se há figura a quem podemos associar este sucesso é o do vice-almirante Gouveia e Melo, cujo nome se tornou sinónimo de organização, profissionalismo e eficiência. Mas, desconhecendo as suas qualidades pessoais, eu diria que não se trata apenas do sucesso de um homem: trata-se do sucesso da instituição que representa.

Estamos, de certo modo, a assistir à consequência natural do rigor, da exigência e da pontualidade que são características do treino militar. Este caso de sucesso mostra-nos, portanto, que teríamos muito a beneficiar com uma participação maior dos diferentes ramos das Forças Armadas na vida e na gestão do país.

Em tempo de paz, os militares não se deviam limitar a ser uma espécie de força de reserva, de músculo à espera de uma invasão estrangeira. Bem sei que participam em missões internacionais, em ações de patrulhamento e salvamento, mas além disso deviam ser envolvidos noutras missões dentro de fronteiras. Já se falou na sua participação no combate ou prevenção de incêndios florestais, e haveria certamente outras áreas onde poderiam dar o seu contributo – assim houvesse vontade e imaginação.

Seria talvez uma forma de recuperarem algum do prestígio que têm perdido ao longo das últimas décadas. E o país, com a sua tendência inata para a desorganização, o desleixo, o facilitismo e os atrasos, teria certamente muito a aprender com o seu exemplo.

Gouveia e Melo: O sucesso de um homem ou de uma instituição?


Se há figura a quem podemos associar este sucesso é o do vice-almirante Gouveia e Melo, cujo nome se tornou sinónimo de organização, profissionalismo e eficiência. 


Embora muitos de nós conheçamos um ou outro caso em que a vacina contra a covid-19 correu mal, é indesmentível que a imunização está a traduzir-se em resultados palpáveis. Basta notar que, mesmo com o número de infeções a aumentar de forma preocupante nos últimos tempos, o número de óbitos caiu literalmente a pique – eram em média 300 por dia em finais de janeiro, atualmente encontram-se em valores de um dígito e há até muitos dias sem mortes a lamentar.
Tudo isto, tanto quanto julgo saber, por “cortesia” das vacinas.

Se há figura a quem podemos associar este sucesso é o do vice-almirante Gouveia e Melo, cujo nome se tornou sinónimo de organização, profissionalismo e eficiência. Mas, desconhecendo as suas qualidades pessoais, eu diria que não se trata apenas do sucesso de um homem: trata-se do sucesso da instituição que representa.

Estamos, de certo modo, a assistir à consequência natural do rigor, da exigência e da pontualidade que são características do treino militar. Este caso de sucesso mostra-nos, portanto, que teríamos muito a beneficiar com uma participação maior dos diferentes ramos das Forças Armadas na vida e na gestão do país.

Em tempo de paz, os militares não se deviam limitar a ser uma espécie de força de reserva, de músculo à espera de uma invasão estrangeira. Bem sei que participam em missões internacionais, em ações de patrulhamento e salvamento, mas além disso deviam ser envolvidos noutras missões dentro de fronteiras. Já se falou na sua participação no combate ou prevenção de incêndios florestais, e haveria certamente outras áreas onde poderiam dar o seu contributo – assim houvesse vontade e imaginação.

Seria talvez uma forma de recuperarem algum do prestígio que têm perdido ao longo das últimas décadas. E o país, com a sua tendência inata para a desorganização, o desleixo, o facilitismo e os atrasos, teria certamente muito a aprender com o seu exemplo.