Adão e os 50 anos do Éden de Abril


Antes de mais, convém lembrar aos mais distraídos que Pedro Adão e Silva tem todo um passado de comentador televisivo que se desenvolveu bastante naqueles malfadados anos do socratismo. Aparentemente um tipo de comentador muito moderado e, sobretudo, “independente” mas que na verdade nunca o foi. 


Fomos surpreendidos durante o passado fim-de-semana com a escabrosa e muito incendiária escolha de Pedro Adão e Silva (nome que já circulava há uns tempos) para comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 que terão lugar em 2024, i.e., daqui por, sensivelmente, três anos. E, curiosamente, tal notícia com contornos estranhíssimos, como veremos adiante, não animou nem foi especialmente divulgada pelos órgãos de comunicação social – os tais isentos que só divulgam notícias sérias e falam verdade às pessoas –, mas antes, pelas “tenebrosas” redes sociais que apenas “desinformam” e que urge calar com leis de censura digital, neo-fascistas, criadas e defendidas em plena década de 20 deste século XXI, com o maior dos desplantes, por um certo e destacado deputado militante do partido socialista com um vigoroso passado estalinista!

Foi preciso chegarmos a segunda-feira à noite, para um órgão de comunicação social e em especial um canal de televisão ter puxado este assunto para o seu editorial. No caso, o “Porto Canal”, que saúdo vivamente pelo extraordinário serviço público que prestou ao expor detalhadamente todo este assunto absolutamente escandaloso.

Antes de mais, convém lembrar aos mais distraídos que Pedro Adão e Silva tem todo um passado de comentador televisivo que se desenvolveu bastante naqueles malfadados anos do socratismo. Aparentemente um tipo de comentador muito moderado e, sobretudo, “independente” mas que na verdade nunca o foi. Era por demais evidente que o socratismo e a paixão imensurável que nutria pelo então líder socialista estava-lhe, intrinsecamente, no sangue. Defendeu tudo o que eram as grandes opções políticas e estratégicas dos Governos de José Sócrates. Inclusive o vil ataque à liberdade de expressão e de imprensa que se materializou naquele miserável episodio do congresso do PS que acabou por levar ao afastamento da jornalista da TVI Manuela Moura Guedes.

Mas regressando ao tema, ficámos então esclarecidos sobre esta comissão das comemorações dos 50 anos de Abril ao constatar que Pedro Adão e Silva terá, qualquer coisa, como uma remuneração mensal de mais de 4.500 euros para liderar uma estrutura de, pelo menos, umas largas dezenas de pessoas que incluem: um secretário pessoal, um motorista, três técnicos especialistas (não se sabendo ainda de quê), três adjuntos, quatro técnicos superiores em regime de mobilidade, uma equipa de apoio técnico (sem se saber de que áreas e qual a respectiva dimensão) e uma outra equipa de apoio administrativo (sem se saber igualmente de quantas pessoas). Portanto, estamos a falar de uma estrutura que mais se assemelha a uma espécie de Ministério do Governo da República, sendo ele, Adão, o respectivo ministro como aqueles que o foram nos governos provisórios do PREC e que não tinham nada para ministrar e, por isso, se denominavam “sem pasta”. Mas no caso concreto deste novo ministro sem pasta e sem escrutínio, com muita “pasta” para receber, gerir e gastar e fazer o que bem entender, sem nenhum controlo democrático, não só no que às comemorações diz respeito, mas durante todo o seu mandato de, pasme-se, seis anos… Repito, seis longos anos, três antes e outros três depois da comemoração propriamente dita dos 50 anos do 25 de Abril que ocorrerão em 2024.

Extraordinário!

Perante isto, salta à vista o óbvio “pagamento” por parte do actual Primeiro-Ministro António Costa pelos inestimáveis préstimos de uma já longa vida ao serviço do comentário “independente” sempre muito fofinho para o partido socialista.

Mas é também perante este novo escândalo político que ainda agora está começar a chegar ao conhecimento do povo português – pois acredito que a esmagadora maioria das pessoas ainda não está a par da situação –, não posso deixar de me indignar com o facto do Presidente Ramalho Eanes, eventualmente, manter a sua aceitação em liderar a comissão de honra destas comemorações do quinquagésimo aniversário do 25 de Abril, sabendo que terá como comissário executivo esta encomenda socialista com um mandato de seis anos e um vencimento muito generoso pago pelos contribuintes deste país quase sempre falido que, por certo, o fará recordar os idos tempos em que desempenhou a mais alta função do Estado Português e teve de lidar com Primeiros-Ministros totalmente incompetentes e profundamente irresponsáveis que aliás demitiu, com a coragem que lhe era e sempre foi, até hoje, reconhecida!

Já relativamente do actual Presidente da República nada se poderá esperar para se inverter esta absoluta ignomínia…

Jurista

Escreve de acordo com a antiga ortografia

Adão e os 50 anos do Éden de Abril


Antes de mais, convém lembrar aos mais distraídos que Pedro Adão e Silva tem todo um passado de comentador televisivo que se desenvolveu bastante naqueles malfadados anos do socratismo. Aparentemente um tipo de comentador muito moderado e, sobretudo, “independente” mas que na verdade nunca o foi. 


Fomos surpreendidos durante o passado fim-de-semana com a escabrosa e muito incendiária escolha de Pedro Adão e Silva (nome que já circulava há uns tempos) para comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 que terão lugar em 2024, i.e., daqui por, sensivelmente, três anos. E, curiosamente, tal notícia com contornos estranhíssimos, como veremos adiante, não animou nem foi especialmente divulgada pelos órgãos de comunicação social – os tais isentos que só divulgam notícias sérias e falam verdade às pessoas –, mas antes, pelas “tenebrosas” redes sociais que apenas “desinformam” e que urge calar com leis de censura digital, neo-fascistas, criadas e defendidas em plena década de 20 deste século XXI, com o maior dos desplantes, por um certo e destacado deputado militante do partido socialista com um vigoroso passado estalinista!

Foi preciso chegarmos a segunda-feira à noite, para um órgão de comunicação social e em especial um canal de televisão ter puxado este assunto para o seu editorial. No caso, o “Porto Canal”, que saúdo vivamente pelo extraordinário serviço público que prestou ao expor detalhadamente todo este assunto absolutamente escandaloso.

Antes de mais, convém lembrar aos mais distraídos que Pedro Adão e Silva tem todo um passado de comentador televisivo que se desenvolveu bastante naqueles malfadados anos do socratismo. Aparentemente um tipo de comentador muito moderado e, sobretudo, “independente” mas que na verdade nunca o foi. Era por demais evidente que o socratismo e a paixão imensurável que nutria pelo então líder socialista estava-lhe, intrinsecamente, no sangue. Defendeu tudo o que eram as grandes opções políticas e estratégicas dos Governos de José Sócrates. Inclusive o vil ataque à liberdade de expressão e de imprensa que se materializou naquele miserável episodio do congresso do PS que acabou por levar ao afastamento da jornalista da TVI Manuela Moura Guedes.

Mas regressando ao tema, ficámos então esclarecidos sobre esta comissão das comemorações dos 50 anos de Abril ao constatar que Pedro Adão e Silva terá, qualquer coisa, como uma remuneração mensal de mais de 4.500 euros para liderar uma estrutura de, pelo menos, umas largas dezenas de pessoas que incluem: um secretário pessoal, um motorista, três técnicos especialistas (não se sabendo ainda de quê), três adjuntos, quatro técnicos superiores em regime de mobilidade, uma equipa de apoio técnico (sem se saber de que áreas e qual a respectiva dimensão) e uma outra equipa de apoio administrativo (sem se saber igualmente de quantas pessoas). Portanto, estamos a falar de uma estrutura que mais se assemelha a uma espécie de Ministério do Governo da República, sendo ele, Adão, o respectivo ministro como aqueles que o foram nos governos provisórios do PREC e que não tinham nada para ministrar e, por isso, se denominavam “sem pasta”. Mas no caso concreto deste novo ministro sem pasta e sem escrutínio, com muita “pasta” para receber, gerir e gastar e fazer o que bem entender, sem nenhum controlo democrático, não só no que às comemorações diz respeito, mas durante todo o seu mandato de, pasme-se, seis anos… Repito, seis longos anos, três antes e outros três depois da comemoração propriamente dita dos 50 anos do 25 de Abril que ocorrerão em 2024.

Extraordinário!

Perante isto, salta à vista o óbvio “pagamento” por parte do actual Primeiro-Ministro António Costa pelos inestimáveis préstimos de uma já longa vida ao serviço do comentário “independente” sempre muito fofinho para o partido socialista.

Mas é também perante este novo escândalo político que ainda agora está começar a chegar ao conhecimento do povo português – pois acredito que a esmagadora maioria das pessoas ainda não está a par da situação –, não posso deixar de me indignar com o facto do Presidente Ramalho Eanes, eventualmente, manter a sua aceitação em liderar a comissão de honra destas comemorações do quinquagésimo aniversário do 25 de Abril, sabendo que terá como comissário executivo esta encomenda socialista com um mandato de seis anos e um vencimento muito generoso pago pelos contribuintes deste país quase sempre falido que, por certo, o fará recordar os idos tempos em que desempenhou a mais alta função do Estado Português e teve de lidar com Primeiros-Ministros totalmente incompetentes e profundamente irresponsáveis que aliás demitiu, com a coragem que lhe era e sempre foi, até hoje, reconhecida!

Já relativamente do actual Presidente da República nada se poderá esperar para se inverter esta absoluta ignomínia…

Jurista

Escreve de acordo com a antiga ortografia