Estes senhores podem apregoar droga à vontade?


Tanto Lisboa como o Porto levaram nestes últimos anos grandes voltas, com espetaculares renovações urbanas, novos negócios, a cara lavada. Edifícios que estavam a cair aos bocados transfiguraram-se, ruas que estavam sujas e sem interesse ganharam uma nova vida.


Já me tinham dito que a cidade do Porto mudou muito nos últimos anos, que estava mais bonita, mais cosmopolita. E de facto assim pude testemunhar. A cidade é a mesma de sempre, mas as suas qualidades sobressaem agora de outra maneira.

A Rua das Flores, por exemplo, está quase irreconhecível. Outrora uma das mais degradadas do centro, tem hoje uma simbiose muito atrativa de lojas tradicionais e novos negócios. Antigamente, quase nem se podia lá passar, pois era um local de prostituição e vendedores de droga. Hoje é frequentada por turistas e portuenses em força. Só tem um pequeno problema: as prostitutas saíram, mas os vendedores de droga continuam lá.

Tanto Lisboa como o Porto levaram nestes últimos anos grandes voltas, com espetaculares renovações urbanas, novos negócios, a cara lavada. Edifícios que estavam a cair aos bocados transfiguraram-se, ruas que estavam sujas e sem interesse ganharam uma nova vida.

Mas nenhuma delas conseguiu ainda ver-se livre dessa chaga aberta que são os homens encostados às esquinas, a controlar, muitas vezes a ameaçar aqueles que ousam recusar os seus serviços. Como é possível que as autoridades não façam nada? Dizem-me que, embora eles apregoem haxixe e outras coisas, na verdade não vendem mesmo droga, e por isso não podem ser presos.

Mas se qualquer pessoa, até um miúdo, os topa à distância, não poderiam as autoridades andar em cima deles pelo menos para dar alguma segurança? Um vendedor ambulante não pode vender o que lhe apetece porque não tem licença mas estes senhores podem bradar aos sete ventos que vendem droga? E ainda ameaçar quem não está interessado (creio que há mesmo casos de agressões e até uma morte à facada)? Não se compreende. Mais: alguns deles, ou muito me engano, ou ainda recebem o rendimento social de inserção.

Alguém ponha por favor fim a esta praga. Podem renovar as fachadas que quiserem, arranjar os passeios, plantar canteiros com flores, que enquanto esta gente continuar pelas esquinas haverá sempre uma impressão desagradável que nenhuma cosmética urbana consegue disfarçar. 

Estes senhores podem apregoar droga à vontade?


Tanto Lisboa como o Porto levaram nestes últimos anos grandes voltas, com espetaculares renovações urbanas, novos negócios, a cara lavada. Edifícios que estavam a cair aos bocados transfiguraram-se, ruas que estavam sujas e sem interesse ganharam uma nova vida.


Já me tinham dito que a cidade do Porto mudou muito nos últimos anos, que estava mais bonita, mais cosmopolita. E de facto assim pude testemunhar. A cidade é a mesma de sempre, mas as suas qualidades sobressaem agora de outra maneira.

A Rua das Flores, por exemplo, está quase irreconhecível. Outrora uma das mais degradadas do centro, tem hoje uma simbiose muito atrativa de lojas tradicionais e novos negócios. Antigamente, quase nem se podia lá passar, pois era um local de prostituição e vendedores de droga. Hoje é frequentada por turistas e portuenses em força. Só tem um pequeno problema: as prostitutas saíram, mas os vendedores de droga continuam lá.

Tanto Lisboa como o Porto levaram nestes últimos anos grandes voltas, com espetaculares renovações urbanas, novos negócios, a cara lavada. Edifícios que estavam a cair aos bocados transfiguraram-se, ruas que estavam sujas e sem interesse ganharam uma nova vida.

Mas nenhuma delas conseguiu ainda ver-se livre dessa chaga aberta que são os homens encostados às esquinas, a controlar, muitas vezes a ameaçar aqueles que ousam recusar os seus serviços. Como é possível que as autoridades não façam nada? Dizem-me que, embora eles apregoem haxixe e outras coisas, na verdade não vendem mesmo droga, e por isso não podem ser presos.

Mas se qualquer pessoa, até um miúdo, os topa à distância, não poderiam as autoridades andar em cima deles pelo menos para dar alguma segurança? Um vendedor ambulante não pode vender o que lhe apetece porque não tem licença mas estes senhores podem bradar aos sete ventos que vendem droga? E ainda ameaçar quem não está interessado (creio que há mesmo casos de agressões e até uma morte à facada)? Não se compreende. Mais: alguns deles, ou muito me engano, ou ainda recebem o rendimento social de inserção.

Alguém ponha por favor fim a esta praga. Podem renovar as fachadas que quiserem, arranjar os passeios, plantar canteiros com flores, que enquanto esta gente continuar pelas esquinas haverá sempre uma impressão desagradável que nenhuma cosmética urbana consegue disfarçar.