Cereja de Resende ou do Fundão?


No combate à pandemia as coisas estão bem mais calmas que no início do ano, apesar de contarmos contágios diariamente e continuarmos sem saber lidar com a vexata quaestio de como conjugar o sol na eira.


À medida que os dias se tornam mais longos e apesar do calor se mostrar tímido, parece que o país se vai instalando num lento torpor quotidiano, mesmo que marcado pela pandemia que não desaparece.

Do ponto de vista do país político, como habitual em ano eleitoral autárquico, muitos encontram-se concentrados no seu território, como mais nada se passasse, e na política nacional lançam-se as farpas normais entre Partidos, próprias de período prévio à preparação de novo Orçamento de Estado.

Contudo, três aspetos, aparentemente menores, quero assinalar. Em primeiro, a triste realidade, colocada a descoberto pela COVID, dos lares ilegais teima em não desaparecer perante a inexplicável impotência do Estado para acabar com ela. Em segundo, não se pode deixar de realçar a triste estória de um autarca do Norte, dedo rápido no gatilho em relação aos vícios dos outros políticos, mostrando-se que, perante acusação judicial à sua própria pessoa, é na realidade igual aos outros, apesar de toda a soberba. Por fim, a exposição ao ridículo de um partido político, referência da democracia, com aspirações ao poder em Portugal, devido a um processo disciplinar movido ao seu próprio líder por questões desconhecidas, simplesmente porque permitiram que um lunático acabasse como presidente do seu órgão jurisdicional. Se é assim dentro de casa, imaginem se governassem…

No combate à pandemia as coisas estão bem mais calmas que no início do ano, apesar de contarmos contágios diariamente e continuarmos sem saber lidar com a vexata quaestio de como conjugar o sol na eira (mais pessoas na rua a consumir e a dinamizar as atividades económicas, onde se incluem os charters dos turistas pelos quais suspiramos) e a chuva no nabal (não aumentar contágios, mesmo com o aumento dos contactos sociais). A poucos dias do início do mês onde os Santos Populares são reis talvez fosse importante encontrar uma solução definitiva para o problema.

Neste final de maio é também a altura em que surgem, na beira das estradas ou nas bancas dos vendedores ambulantes citadinos, as afamadas cerejas do Fundão ou de Resende. Quais delas as melhores? Sei que é uma questão de difícil resposta e fruto de discussões acaloradas e, apesar de ninguém admitir, nesta altura do ano assume mais importância que saber afinal o que disse o BE do PS na sua Convenção. No final do dia, pouco importa de onde vem a cereja, para mim, desde que seja doce e fresca está ótima.

Cereja de Resende ou do Fundão?


No combate à pandemia as coisas estão bem mais calmas que no início do ano, apesar de contarmos contágios diariamente e continuarmos sem saber lidar com a vexata quaestio de como conjugar o sol na eira.


À medida que os dias se tornam mais longos e apesar do calor se mostrar tímido, parece que o país se vai instalando num lento torpor quotidiano, mesmo que marcado pela pandemia que não desaparece.

Do ponto de vista do país político, como habitual em ano eleitoral autárquico, muitos encontram-se concentrados no seu território, como mais nada se passasse, e na política nacional lançam-se as farpas normais entre Partidos, próprias de período prévio à preparação de novo Orçamento de Estado.

Contudo, três aspetos, aparentemente menores, quero assinalar. Em primeiro, a triste realidade, colocada a descoberto pela COVID, dos lares ilegais teima em não desaparecer perante a inexplicável impotência do Estado para acabar com ela. Em segundo, não se pode deixar de realçar a triste estória de um autarca do Norte, dedo rápido no gatilho em relação aos vícios dos outros políticos, mostrando-se que, perante acusação judicial à sua própria pessoa, é na realidade igual aos outros, apesar de toda a soberba. Por fim, a exposição ao ridículo de um partido político, referência da democracia, com aspirações ao poder em Portugal, devido a um processo disciplinar movido ao seu próprio líder por questões desconhecidas, simplesmente porque permitiram que um lunático acabasse como presidente do seu órgão jurisdicional. Se é assim dentro de casa, imaginem se governassem…

No combate à pandemia as coisas estão bem mais calmas que no início do ano, apesar de contarmos contágios diariamente e continuarmos sem saber lidar com a vexata quaestio de como conjugar o sol na eira (mais pessoas na rua a consumir e a dinamizar as atividades económicas, onde se incluem os charters dos turistas pelos quais suspiramos) e a chuva no nabal (não aumentar contágios, mesmo com o aumento dos contactos sociais). A poucos dias do início do mês onde os Santos Populares são reis talvez fosse importante encontrar uma solução definitiva para o problema.

Neste final de maio é também a altura em que surgem, na beira das estradas ou nas bancas dos vendedores ambulantes citadinos, as afamadas cerejas do Fundão ou de Resende. Quais delas as melhores? Sei que é uma questão de difícil resposta e fruto de discussões acaloradas e, apesar de ninguém admitir, nesta altura do ano assume mais importância que saber afinal o que disse o BE do PS na sua Convenção. No final do dia, pouco importa de onde vem a cereja, para mim, desde que seja doce e fresca está ótima.