A liberdade do indivíduo é tão grande quanto a sua autonomia, escolha e independência. A democratização do trabalho, enquanto elevador social para ascender na vida pelo mérito, é o instrumento que dignifica o Homem, tornando-o verdadeiramente livre.
Tendo isto um princípio inteligível, a qualquer um de nós, também não deixa de ter uma carga ideológica tremenda, porque o que está em causa é a visão social de um país.
A instrumentalização do Homem por parte do Estado, ou melhor dizendo, a exploração do Homem pelo Estado, é a boia de salvação do modelo assistencialista que o Socialismo patrocina para garantir a sua própria sobrevivência. Enquanto continuarmos a discutir a liberdade do Estado, ao invés da liberdade do Homem, nunca seremos verdadeiramente livres.
Seremos internamente filhos dependentes, que se acomodaram à casa dos pais e que viverão, ano após ano, no limiar da sobrevivência, sob as amarras do que nos querem impor e jamais seremos capazes, sequer, de questionar.
Por mais que custe, a verdade é que a estratégia funciona e a revolução ideológica ganha terreno com um objetivo único: inaugurar uma ditadura de Estado.
A pandemia foi apenas o motivo para que a locomotiva iniciasse a sua marcha. Nunca o país esteve verdadeiramente livre, mas hoje está nas mãos de uma extrema-esquerda e de um Socialismo que ditará pobreza, miséria e fome ao nosso povo.
A somar a isto a política do experimentalismo social e do animalismo, impõem aquilo que pensamos, construímos ou simplesmente podemos comer. Querem inaugurar um mundo novo e impor a ditadura do urbano e do gosto.
É revoltante para um jovem democrata, como eu, que ama o seu País e que com sacrifício, mérito e dedicação quer construir o seu projeto de vida em liberdade. Por seu turno, o Estado mais do que o perseguir, amputa as oportunidades de tornar os sonhos em realidade.
Os sonhos são apenas para “os do poder”. Concretiza-los é um privilégio para as famílias de nome e que são donos disto tudo, seja no Governo ou nas autarquias locais.
Portugal faliu. Já não é apenas moral, política ou economicamente, Portugal faliu democraticamente. A prova disso é a vergonha da Carta de Direitos na Era Digital, que abre a porta ao regresso da censura em nome do combate à desinformação. Esta lei de 2021 tem mesmo passagens quase iguais à Lei da Censura de 1933, feita por Salazar.
O Regime quer impor-se e ninguém faz nada? Da esquerda à direita, todos os partidos, todos os deputados, amordaçaram-se ao sistema e hipotecaram a liberdade do povo português. A liberdade do 25 de Novembro de 1975. Aqueles que se dizem proprietários da liberdade e aos populistas, caiu a máscara da hipocrisia. A todos os outros, confirma que há muita gente que não tem noção do que é a política e que isso é apenas por incapacidade. Lavem a cara de vergonha e daqui em diante sintam peso na consciência por serem arautos da censura.
Há uma ditadura de opinião, um lápis vermelho, que filtra a informação do bem da informação do mal. Mas, também há a ditadura do politicamente correto, que condena as convicções em prol dos míseros punhados de votos. E ainda há a ditadura do poder, porque esta é cultural e tem como principal motivação a corrupção, porque quem não está com eles, está contra eles!
Mas há um caminho diferente, há esperança e apenas está nas mãos de cada um de nós. Por mais que legislem o fim do Mundo em liberdade, não há decreto algum que acabe com o sentimento de ser Português. Não vivamos a ditadura das minorias, nem um Estado Novo Socialista.
LIBERDADE, JÁ!
Historiador e ex-líder da Juventude Popular