De regresso à escola


Neste meu regresso à escola encontrei elogios e dúvidas, angústias e críticas, reconhecimentos e incompreensões, mas muito pouca indiferença.


Com o regresso das aulas presencias, voltei também a ter a oportunidade de, ainda que através das plataformas online, voltar à escola e às animadas conversas com os alunos, normalmente precedidas de uma cuidada preparação, só possível pelo enorme empenho dos professores numa atividade dinâmica e que dissemina um conhecimento informado da realidade europeia.

Nessas minhas visitas faço sempre um apelo básico ao envolvimento e ao sentido de pertença ao projeto europeu. Valorizar aquilo que se gosta ou criticar aquilo que se considera estar mal, são duas formas igualmente válidas de traduzir o sentimento de ser europeu. Ao longo da sua história de mais de seis décadas de paz, democracia e desenvolvimento, a União Europeia já demonstrou resiliência para sobreviver à adversidade e para aprender com os erros. O vírus mais perigoso que a ameaça é a indiferença.

Neste meu regresso à escola encontrei elogios e dúvidas, angústias e críticas, reconhecimentos e incompreensões, mas muito pouca indiferença. Oxalá a amostra cm que contactei seja representativa do que vai acontecendo pelo País fora. Se as gerações mais novas vencerem a indiferença tomarão o futuro nas suas mãos e ele ficará bem entregue.

Destaco neste texto as duas questões que mais me foram colocadas. Em que medida a necessária luta contra as alterações climáticas em Portugal, na Europa e no Mundo irá afetar a economia e as oportunidades de emprego das gerações mais novas e de que forma a nova vaga da digitalização vai subalternizar o papel das pessoas e reduzir as oportunidades dos que se preparam para chegar ao mercado de trabalho, encontrarem formas estimulantes e seguras de se realizarem, exercendo funções para que se sentem vocacionados e motivados. Não são questões de resposta fácil, mas algumas ideias que partilhei e em relação às quais verifiquei grande adesão, podem dar uma ajuda na escolha dos caminhos.

A transição energética e a aplicação do pacto ecológico europeu vão implicar um grande esforço de desenvolvimento científico e disruptura tecnológica e uma transformação dos modelos de organização da vida em sociedade. Começam a ficar delineadas quais as competências que vão estruturar os empregos do futuro. É este o momento de adequar os percursos formativos a essa realidade emergente. Uma adequação feita pelo sistema de ensino, mas também, cada vez mais, pela escolha flexível que deve ser proporcionada a cada aluno em concreto.

No plano digital, a segunda vaga não vai apenas acelerar e tornar mais eficazes e eficientes os processos e os modelos tradicionais. Está já a transformar a forma como se organizam os principais mercados e serviços e a redefinir as regras que estruturam a vida económica, social e política. As novas gerações, nativas digitais, têm que assumir um protagonismo forte no desenho desse novo contexto em que vão desenvolver a sua vida, para nele se poderem realizar, serem livres e felizes. Têm, em síntese, que liderar a revolução, para com conhecimento, imaginação e determinação, fazerem as escolhas necessárias para não serem por ela descartados ou instrumentalizados.

 

Eurodeputado


De regresso à escola


Neste meu regresso à escola encontrei elogios e dúvidas, angústias e críticas, reconhecimentos e incompreensões, mas muito pouca indiferença.


Com o regresso das aulas presencias, voltei também a ter a oportunidade de, ainda que através das plataformas online, voltar à escola e às animadas conversas com os alunos, normalmente precedidas de uma cuidada preparação, só possível pelo enorme empenho dos professores numa atividade dinâmica e que dissemina um conhecimento informado da realidade europeia.

Nessas minhas visitas faço sempre um apelo básico ao envolvimento e ao sentido de pertença ao projeto europeu. Valorizar aquilo que se gosta ou criticar aquilo que se considera estar mal, são duas formas igualmente válidas de traduzir o sentimento de ser europeu. Ao longo da sua história de mais de seis décadas de paz, democracia e desenvolvimento, a União Europeia já demonstrou resiliência para sobreviver à adversidade e para aprender com os erros. O vírus mais perigoso que a ameaça é a indiferença.

Neste meu regresso à escola encontrei elogios e dúvidas, angústias e críticas, reconhecimentos e incompreensões, mas muito pouca indiferença. Oxalá a amostra cm que contactei seja representativa do que vai acontecendo pelo País fora. Se as gerações mais novas vencerem a indiferença tomarão o futuro nas suas mãos e ele ficará bem entregue.

Destaco neste texto as duas questões que mais me foram colocadas. Em que medida a necessária luta contra as alterações climáticas em Portugal, na Europa e no Mundo irá afetar a economia e as oportunidades de emprego das gerações mais novas e de que forma a nova vaga da digitalização vai subalternizar o papel das pessoas e reduzir as oportunidades dos que se preparam para chegar ao mercado de trabalho, encontrarem formas estimulantes e seguras de se realizarem, exercendo funções para que se sentem vocacionados e motivados. Não são questões de resposta fácil, mas algumas ideias que partilhei e em relação às quais verifiquei grande adesão, podem dar uma ajuda na escolha dos caminhos.

A transição energética e a aplicação do pacto ecológico europeu vão implicar um grande esforço de desenvolvimento científico e disruptura tecnológica e uma transformação dos modelos de organização da vida em sociedade. Começam a ficar delineadas quais as competências que vão estruturar os empregos do futuro. É este o momento de adequar os percursos formativos a essa realidade emergente. Uma adequação feita pelo sistema de ensino, mas também, cada vez mais, pela escolha flexível que deve ser proporcionada a cada aluno em concreto.

No plano digital, a segunda vaga não vai apenas acelerar e tornar mais eficazes e eficientes os processos e os modelos tradicionais. Está já a transformar a forma como se organizam os principais mercados e serviços e a redefinir as regras que estruturam a vida económica, social e política. As novas gerações, nativas digitais, têm que assumir um protagonismo forte no desenho desse novo contexto em que vão desenvolver a sua vida, para nele se poderem realizar, serem livres e felizes. Têm, em síntese, que liderar a revolução, para com conhecimento, imaginação e determinação, fazerem as escolhas necessárias para não serem por ela descartados ou instrumentalizados.

 

Eurodeputado